Segunda, 27 de Dezembro de 2021 às 13:29, por: CdB
Em mais um recado a Bolsonaro, ela também disse que investidores estrangeiros e nacionais precisam acreditar que o presidente “tem respeito às instituições democráticas, não ameaça a democracia”. Sem aparecer com projeção eleitoral nas pesquisas, a senadora chega ao posto de pré-candidata tentando se desvencilhar da imagem de ser uma boa vice.
Por Redação - de Brasília
A senadora e pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, defendeu que Jair Bolsonaro é o “pior presidente da História do Brasil”.
— Ninguém imaginava que ele poderia namorar com o autoritarismo ou ameaçar as instituições democráticas e tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias — disse a senadora, em entrevista ao jornal português Diário de Notícias.
Em mais um recado a Bolsonaro, ela também disse que investidores estrangeiros e nacionais precisam acreditar que o presidente “tem respeito às instituições democráticas, não ameaça a democracia”. Sem aparecer com projeção eleitoral nas pesquisas, a senadora chega ao posto de pré-candidata tentando se desvencilhar da imagem de ser uma boa vice.
Trajetória
A senadora Simone Tebet é tratada como peça fundamental dos planos do MDB para 2022; é também aposta do partido para renovar sua imagem. Foto: Adriano Machado/Reuters - 4/9/2019
Em defesa ao próprio nome como cabeça de chapa, Tebet disse que “não há negociação para ser vice na lista de quem quer que seja”. A senadora, porém, se mostrou simpática a um arranjo entre os candidatos que ocupam a chamada “terceira via”.
— Estamos num momento da pré-campanha em que ainda temos uma avenida larga para a terceira via. Lá por março ou abril conversaremos para definir um amplo acordo democrático que viabilize a terceira via na segunda volta — acrescentou.
Tebet se coloca à disposição para a corrida eleitoral de 2022 após ter atuação destacada na CPI da Covid, mas a senadora reforça que sua participação na ocasião abrange “algumas páginas” de sua história política e que não essa foi a única motivação para ter seu nome lançado à Presidência.
— Já faz um ano que o MDB me sonda, por toda a minha trajetória, e não apenas pela minha atuação nessa CPI. Eu fui presidente da comissão mais importante do Congresso Nacional, que é a Comissão de Constituição e Justiça, e fui líder da maior bancada no Senado. Hoje sou a primeira líder da bancada feminina no Senado — ressaltou.
Já com discurso para o ano que vem, Tebet elencou a fome, a desigualdade social e a geração de emprego como as suas prioridades de um possível governo.