Autodenominando-se ‘Léo Bolsonaro’, o sobrinho do ex-presidente tenta se proteger sob a justificativa de “perseguição política”, solicitando abrigo ao governo anarcocapitalista Javier Milei, aliado internacional de Bolsonaro.
Por Redação – de Brasília
Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, deixou o Brasil há cerca de um mês, rumo à Argentina, onde busca asilo político. O integrante da família do ex-mandatário neofascista é o segundo a fugir do Brasil, no rastro do filho ’03’, como é conhecido o hoje deputado licenciado Eduardo Bolsonaro.

Autodenominando-se ‘Léo Bolsonaro’, o sobrinho do ex-presidente tenta se proteger sob a justificativa de “perseguição política”, solicitando abrigo ao governo anarcocapitalista Javier Milei, aliado internacional de Bolsonaro. O pedido de refúgio ainda está sob avaliação da administração argentina, sem uma data para ser decidido.
Crimes graves
Em 28 de fevereiro, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Léo Índio. Ele passou a responder formalmente por participação nos atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. De acordo com a PGR, Léo Índio esteve presente na Praça dos Três Poderes durante os ataques, incentivou a permanência dos manifestantes no local e divulgou conteúdos de apoio à tentativa de golpe nas redes sociais.
A denúncia o acusa de crimes graves, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
Apesar das evidências e da gravidade das acusações, o próprio Léo Índio tenta minimizar sua responsabilidade.