Segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a resistência parlamentar faz parte do jogo.
Por Redação – de Brasília
A pressão de setores políticos para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), embora tenha se acentuado nos últimos dias, não impede que o Palácio do Planalto avalie que a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, dificilmente seja rejeitada no Senado, segundo apurou a mídia conservadora.

Segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a resistência parlamentar faz parte do jogo.
— A indicação é uma prerrogativa exclusiva do presidente. Não acho que o Senado vai interferir nisso — afirmou.
Expectativa
A ministra destacou, ainda, que Messias é considerado um homem “de confiança” de Lula, embora tenha garantido que não participará da decisão final. Caso o presidente confirme oficialmente o nome, a expectativa é de aprovação sem maiores dificuldades.
Parlamentares da direita chegaram à conclusão, nesta tarde, que a resistência à escolha de Messias será limitada. Ainda que apontem Pacheco como nome mais competitivo, os parlamentares da oposição já admitem que o cenário é favorável ao atual chefe da AGU.
Nos cálculos de partidos oposicionistas, Messias teria em torno de 30 votos contrários, número insuficiente para impedir sua aprovação. A maioria absoluta dos 81 senadores é necessária para confirmar a nomeação ao STF, mas a projeção mostra que o governo não deve enfrentar problemas para consolidar apoio.
Críticos da indicação reconhecem que não há mobilização suficiente para impedir a escolha do presidente Lula, o que reduz a margem de atuação dos oposicionistas.