Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Sem seringas ou algodão, país zera alíquota para importar armas

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Quarta, 09 de Dezembro de 2020 às 14:23, por: CdB

“Uma vacinação requer muito mais que uma vacina. Seringas e algodão são de extrema importância, sem contar em freezers”, repercute um internauta. A aposta do governo Bolsonaro na cloroquina pode ser agora moda antiga, visto que se percebe no mundo uma corrida por vacina contra o novo coronavírus.

Por Redação - de Brasília
No Twitter, brasileiros começaram a comentar a "falta" de seringas e algodão para vacinação contra coronavírus em um Brasil repleto de cloroquina, levando o medicamento que recebeu apoio de Bolsonaro aos assuntos mais comentados; sem falar na liberação da alíquota de importação de armas, quando cobra pela importação de geladeiras especiais para o estoque das vacinas contra a covid-19.
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A importação de pistolas e revólveres de qualquer parte do mundo agora tem a tarifa zerada
“Uma vacinação requer muito mais que uma vacina. Seringas e algodão são de extrema importância, sem contar em freezers”, repercute um internauta. A aposta do governo Bolsonaro na cloroquina pode ser agora moda antiga, visto que se percebe no mundo uma corrida por vacina contra o novo coronavírus. Com a possibilidade de falta de seringas e algodão e de sobra de cloroquina no Brasil, internautas levaram o medicamente que recebeu apoio do presidente Jair Bolsonaro para os assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira, mesmo dia em que o governo zerou o imposto de importação para revólveres e pistolas, a partir de 2021. Com a medida, o Brasil deixará de arrecadar 20% sobre o valor do produto. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União, desta quarta-feira.

Explosivos

Desde o início de seu mandato, em 2019, Jair Bolsonaro negou a pandemia, enquanto tomava medidas para flexibilizar a posse e o porte de armas pela população. Em agosto deste ano, a Polícia Federal formalizou uma autorização para que um cidadão possa comprar até quatro armas de fogo. Além disso, em abril, o presidente revogou três portarias sobre rastreamento, identificação e marcação de armas e munição. Uma das portarias criava o Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército, que, além de armas e munição, também faria um controle maior de explosivos, como os comumente usados em explosões de caixas eletrônicos. O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) criticou a medida.

Abismo

“Bolsonaro acaba de anunciar em suas redes sociais que zerou impostos de importação de revólveres e pistolas, o que facilitará a circulação de armas. Bolsonaro tem compromisso com milícias e contribui com grupos criminosos como o que realizou assalto em Criciúma”, disse no Twitter. Sem programa de vacinação e com a possibilidade de o país sofrer com a falta de insumos hospitalares, Bolsonaro, novamente, não dá uma resposta no combate a covid-19. “Países do mundo inteiro correndo para garantir a imunização do seu povo e Bolsonaro fissurado em zerar impostos de armas. Mais uma vez, na contramão de tudo o que é minimamente razoável e relevante, o governo empurra o Brasil para o abismo”, criticou Alessandro Molon, deputado federal pelo PSB-RJ.
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