Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Rússia e China reagem, de pronto, aos ataques promovidos pelo G7

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Sábado, 20 de Maio de 2023 às 17:39, por: CdB

Pequim, por sua vez, pronunciou-se também através de sua chancelaria e disse que se opõe firmemente à declaração conjunta do G7. O país asiático reclamou diretamente ao organizador da cúpula, o Japão, segundo a agência inglesa de notícias Reuters.


Por Redação, com agências internacionais - de Moscou e Pequim

Chanceler russo disse que Ocidente está pressionando países para cortar laços comerciais e econômicos com a Rússia. Já Pequim relembrou que o tempo em que "alguns países do Ocidente interferiam arbitrariamente nos assuntos internos de outros países acabou para sempre".

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, elevou o tom contra os países do G7


Neste fim de semana está acontecendo a cúpula do G7 no Japão. Antes mesmo do encontro ocorrer, a mídia ocidental já vazava que os países anunciariam medidas contra China e Rússia. E o que aconteceu não foi diferente disto. Durante as reuniões, foram anunciadas mais sanções contra Moscou pelas principais nações presentes e, neste sábado, os países do grupo anunciaram a criação de uma plataforma para combater a coerção econômica com foco em Pequim.

Geopolítica


Os ataques, no entanto, não ficaram se resposta. Moscou se pronunciou através do chanceler, Sergei Lavrov, o qual disse que as decisões da cúpula do G7 visam conter o crescimento econômico e político da Rússia e da China.

— Entramos em uma fase de confronto agudo com um bloco agressivo composto pelos Estados Unidos, a União Europeia e OTAN. Olhe para as decisões sendo discutidas e tomadas em Hiroshima, na cúpula do G7, que visam a contenção dupla da Rússia e da República Popular da China. A tarefa foi definida em voz alta e abertamente: derrotar a Rússia no campo de batalha, mas não parar por aí, mas eliminá-la como um competidor geopolítico — protestou o chanceler, neste sábado, em uma assembleia do think tank russo Conselho de Política Externa e de Defesa.

Pequim, por sua vez, pronunciou-se também através de sua chancelaria e disse que se opõe firmemente à declaração conjunta do G7. O país asiático reclamou diretamente ao organizador da cúpula, o Japão, segundo a agência inglesa de notícias Reuters.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse que o G7, desconsiderando as preocupações chinesas, a atacou e interferiu em seus assuntos internos, incluindo Taiwan. A China expressou sua forte insatisfação e apresentou severas representações ao Japão.

Puxão de orelha


"Independentemente das sérias preocupações da China, o G7 insiste em manipular questões relacionadas à China, difamando, atacando e interferindo violentamente nos assuntos internos da chineses. A China expressou forte insatisfação e firme oposição a isso e fez sérias representações ao organizador da cúpula, Japão e outras partes relevantes", disse o ministério, em nota.

A pasta também argumentou que o tempo em que "alguns países desenvolvidos do Ocidente interferiam arbitrariamente nos assuntos internos de outros países e manipulavam os assuntos globais acabou para sempre" e instou o G7 a "se concentrar em resolver seus próprios problemas, parar de formar grupos fechados e exclusivos, parar de conter e oprimir outros países”.

“Pare de criar e provocar confrontos entre campos e volte ao diálogo e à cooperação”, concluiu o comunicado oficial, como um puxão de orelha nos países do Ocidente.

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