Perseguido pelo ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), o físico Ricardo Galvão foi candidato nas eleições de 2022 e recebeu 40.365 votos. Agora, assume a cadeira na Câmara.
Por Redação – de Brasília
O físico Ricardo Galvão anunciou, nesta quinta-feira, que deixará a Presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para assumir o mandato de deputado, na vaga deixada por Guilherme Boulos, atual ministro das Cidades.

Galvão, candidato nas eleições de 2022, recebeu 40.365 votos e agora assume a cadeira na Câmara. “A voz da ciência no Congresso. Em 2019, o negacionismo tentou calar a ciência. Mas resistimos. Em 2022, o povo mobilizado derrotou o autoritarismo. Hoje, a ciência brasileira ocupa um lugar na Câmara”, escreveu Galvão.
Ciência
Em sua mensagem, o físico afirmou que deixa o CNPq com sentimento de dever cumprido e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pela confiança durante sua gestão.
“A ciência é o caminho, a democracia é o alicerce e a sustentabilidade é o destino. Sigo à disposição de São Paulo e do Brasil, com fé na razão, na solidariedade e na esperança de um futuro justo e possível”, acrescentou.
Galvão havia demonstrado dúvida sobre assumir o cargo devido ao curto período restante do mandato. O impasse foi resolvido após conversas com Marina Silva e Guilherme Boulos, que o asseguraram de que permanecerá na função ao menos até março de 2026.
— Eu conversei com a ministra e com Boulos, que me garantiram que isso não deve acontecer e que eu teria a cadeira até pelo menos março do ano que vem. Com isso, decidi deixar o conselho e assumir o cargo — resumiu o físico, após reunião ocorrida na semana passada.