Em outra reunião ampliada, na sexta-feira, Lula já havia abordado a necessidade da eficiência diante do aperto orçamentário. E também da importância de o país retomar o crescimento, tanto para incluir as pessoas na economia quanto para o governo arrecadar mais.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu 19 de seus 37 ministros na manhã desta terça-feira para pedir agilidade na retomada de políticas públicas, sobretudo na área social. Lula disse aos ministros pretende ter várias medidas em andamento ou realizadas antes de completar 100 dias de governo – já se passaram 73.
O presidente observou que a comissão de transição já havia determinado como meta ter a primeira grande avaliação do governo ao final dos primeiros 100 dias.
— Mesmo o que não foi anunciado a gente vai anunciar em breve. Não temos muito tempo, o mandato é muito curto. Mandato de quatro anos, para quem está no governo, passa muito rápido. Demora muito para quem está na oposição, mas para quem está no governo é rapidíssimo — afirmou.
Silêncio
Em outra reunião ampliada, na sexta-feira, Lula já havia abordado a necessidade da eficiência diante do aperto orçamentário. E também da importância de o país retomar o crescimento, tanto para incluir as pessoas na economia quanto para o governo arrecadar mais.
— Dinheiro bom é dinheiro transformado em melhoria da qualidade de vida do povo — afirmou.
A imprensa teve acesso à abertura da reunião, no Palácio do Planalto, que depois continuou fechada. No encontro, todos fizeram um minuto de silêncio em homenagem de Marielle Franco e Anderson Gome, executados há cinco anos.
“Hoje, ao lado da companheira Anielle Franco, reforcei o compromisso já firmado pelo ministro Flávio Dino de somarmos todos os esforços para descobrirmos quem mandou matar Marielle Franco. #JustiçaPorMarielleEAnderson”, postou Lula ao divulgar o vídeo da homenagem.
Participaram da reunião o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente); Rui Costa (Casa Civil); Fernando Haddad (Fazenda); Camilo Santana (Educação); Margareth Menezes (Cultura); Luiz Marinho (Trabalho e Emprego)
Carlos Lupi (Previdência Social); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome); Nísia Trindade (Saúde); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos); Ana Moser (Esporte); Cida Gonçalves (Mulheres); Anielle Franco (Igualdade Racial); Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania)
Sônia Guajajara (Povos Indígenas); Márcio Macêdo (Secretaria-Geral); Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Propostas
Lula observou ainda que o anúncio das ações deve ser centralizado a partir da Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa.
— Não queremos propostas de ministros, mas propostas de governo — afirmou.
Desse modo, a proposta só estará efetivada como de governo “quando todo mundo souber” o que for decidido.
— Ou seja, antes de anunciar é importante fazer uma reunião com a Casa Civil para esta discuta com a Presidência da República. O objetivo é manter a unidade e coesão do governo — acrescentou.
Tanto ele como o vice-presidente Geraldo Alckmin falaram das realizações já em andamento, apesar de apenas 73 dias de gestão. Lula mencionou que, na educação, já foi feito o anúncio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e da merenda, e ressaltou que o governo trabalha “na perspectiva de anunciar o programa de escola integral”, assim como a retomada da escola técnica, universidades, “novo modelo de escola pública”.