Na projeção do segundo turno mais provável, entre Lula e Bolsonaro, o petista teria, de acordo com a pesquisa, 53% dos votos, contra 35% do atual chefe do governo. A vantagem do petista chega a 18 pontos.
Por Redação - de São Paulo
A pesquisa do Instituto Ipespe, patrocinada pela XP Investimentos e divulgada nesta sexta-feira, bate com os números apresentados, na véspera, pela aferição do Instituto DataFolha e mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança da corrida eleitoral com 45% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 34%.
Rejeição ao nome de Lula tem sido cada vez menor, segundo os últimos levantamentos junto aos eleitores
Na projeção do segundo turno mais provável, entre Lula e Bolsonaro, o petista teria, de acordo com a pesquisa, 53% dos votos, contra 35% do atual chefe do governo. A vantagem do petista chega a 18 pontos.
A pesquisa ouviu 1.000 pessoas por telefone entre os dias 23 e 25 de maio. O nível de confiança é de 95,45% e a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
DataFolha
Na pesquisa do DataFolha, publicada na véspera, o presidente Bolsonaro é líder absoluto, mas de rejeição do eleitorado. Segundo o estudo, indicaram que não votariam nele de jeito nenhum 54% dos brasileiros ouvidos pelos pesquisadores. O índice se mantém estável em relação à pesquisa anterior, de março, quando 55% dos eleitores afirmaram que não votariam em Bolsonaro.
Os dois levantamentos, no entanto, não são comparáveis, já que houve mudanças no cenário com inclusão ou retirada de pré-candidatos. O segundo pré-candidato mais rejeitado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 33%, mas em forte queda. Em março, seu índice de rejeição era maior, de 37%.
No levantamento atual, o terceiro mais rejeitado, com 23%, era o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), que desistiu de concorrer à Presidência da República nesta segunda-feira. Ciro Gomes (PDT) tem índice de rejeição de 19%, seguido do General Santos Cruz (Podemos), com 11%.
Nordeste
Os pré-candidatos Vera Lúcia (PSTU), Eymael (Democracia Cristã) e Luciano Bivar (União Brasil) marcaram 10% de rejeição. Com 9%, o Datafolha mostra Pablo Marçal (Pros), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e Felipe d'Avila (Novo). Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP) alcançam 8% de rejeição.
O levantamento mais recente do Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 181 cidades do país nestas quarta e quinta-feiras. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE. A pesquisa foi contratada pelo proprietário do DataFolha, o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP).
A rejeição a Bolsonaro, que é de 54% na média, sobe para 65% entre moradores do Nordeste e cai para 40% entre evangélicos. A rejeição do presidente também é menor do que a do restante da população entre empresários (31%), moradores do Centro-Oeste (43%) e entre quem ganha mais de 10 salários mínimos (47%). O índice sobe entre jovens de 16 a 24 anos (63%), entre mulheres (57%) e estudantes (62%).
Estudantes
Já Lula, que marca 33% na média, chega a 56% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos e tem rejeição de 29% entre estudantes. O ex-presidente é menos rejeitado entre quem recebe Auxílio Brasil (21%), entre moradores do Nordeste (22%) e entre quem cursou o ensino fundamental (23%).
A rejeição do petista supera sua média entre empresários (56%), evangélicos (46%) e moradores do Centro-Oeste (45%). O índice de rejeição de um candidato está atrelado ao seu nível de conhecimento pela população. Os nomes mais conhecidos, segundo o Datafolha, são Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes.
Entre os entrevistados pelo Datafolha, 99% afirmaram conhecer Lula —70% o conhecem muito bem, 17% o conhecem um pouco e 12% só ouviram falar. Já 1% respondeu que não conhece o petista.
Em relação a Bolsonaro, a taxa de conhecimento é de 98%, enquanto 2% afirmam que não o conhecem. Responderam que conhecem bem o presidente 58% dos entrevistados, outros 23% o conhecem um pouco e 17% só ouviram falar.
Ciro é conhecido por 91%, seguido de Eymael, que tem taxa de conhecimento em 40% — ambos já disputaram a Presidência da República antes.
