As sanções, que incluem o congelamento de ativos rastreáveis ao Reino Unido e a proibição de viagens ao território britânico.
Por Redação, com ANSA – de Londres
O Reino Unido anunciou nesta terça-feira o retorno das sanções contra 71 indivíduos e instituição iranianas, que estavam suspensas desde 2015 devido a um acordo nuclear com Teerã.

Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Londres, a medida foi apresentada como “uma resposta à escalada nuclear atribuída ao Irã” e sua suposta “recusa em retomar a autorização de verificações e inspeções pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea)” após a guerra dos 12 dias ocorrida em junho contra Israel.
As sanções, que incluem o congelamento de ativos rastreáveis ao Reino Unido e a proibição de viagens ao território britânico, atingem os Ministérios de Energia e Petróleo de Teerã, vários bancos, indústrias e empresas financeiras, bem como autoridades, pesquisadores, empreendedores e militares identificados como suspeitos de envolvimento em atividades de desenvolvimento atômico.
Ameaça à paz
– O programa nuclear do Irã é motivo de grande preocupação para a comunidade internacional – comentou Yvette Cooper, secretária de Relações Exteriores do governo de Keir Starmer, citando “uma ameaça à paz e à segurança globais” e criticando os iranianos por até agora não terem “fornecido as garantias confiáveis solicitadas sobre o propósito” deste programa.
Cooper também acusou Teerã de ter acumulado, a partir de 2019, “48 vezes mais urânio enriquecido do que o acordado” em 2015. Ela também reiterou que as sanções visam enviar “uma mensagem clara” ao país persa, mas que “a busca por diplomacia e negociação continuam”.
O anúncio britânico das penalidades contra o Irã ocorre após as Nações Unidas e o Conselho da União Europeia também retomarem sanções contra a República Islâmica pelo mesmo motivo.
Em 2015, Londres, Berlim, Paris, Washington, Moscou e Bruxelas assinaram o Plano de Ação Conjunto Global (Jcpoa) com Teerã, que previa a retomada de sanções caso o Irã não cumprisse com suas obrigações nos termos do documento, o qual teria sua validade encerrada no próximo 18 de outubro.