Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Refinaria privatizada entrega combustível mais caro do país

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Terça, 11 de Outubro de 2022 às 10:37, por: CdB

"É mais uma demonstração incontestável do equívoco e da gravidade da política do governo Bolsonaro de privatização de refinarias da Petrobras", afirmou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

Por Redação, com RBA - de Salvador
Antes pertencente à Petrobras, a agora privatizada Refinaria Mataripe, em São Francisco do Conde (BA), subiu os preços da gasolina em 9,7%, e do diesel, que variou entre 11,3% e 11,5%, no último sábado. Os novos valores começaram a valer no Estado no mesmo dia e foram justificados pelos gestores como uma tentativa de acompanhar as últimas altas do preço internacional do petróleo. Assim, a antiga Landulpho Alves (Rlam), vendida ao capital privado pelo governo Bolsonaro, voltou a ter os combustíveis mais caros do país.
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A Refinaria Landulpho Alves (Rlam), no Recôncavo Baiano, foi vendida por uma fração de seu preço real
— É mais uma demonstração incontestável do equívoco e da gravidade da política do governo Bolsonaro de privatização de refinarias da Petrobras. A mentira de que a venda de ativos da maior empresa do país aumentaria a competitividade e, consequentemente, levaria a reduções de preços de derivados é, mais uma vez, denunciada pela realidade — afirmou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

Altos preços

O governo Bolsonaro privatizou a Rlam em março do ano passado para o grupo Mubadala Capital, fundos dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,65 bilhão. De acordo com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a refinaria foi vendida por um preço 55% abaixo do valor de mercado. A empresa passou a ser administrada pela Acelen em 1º de dezembro. Cerca de três meses depois, a Mataripe já estava vendendo o litro da gasolina 27,4% mais caro do que a Petrobras.
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