Conselheiro da Presidência para Assuntos Internacionais, o embaixador Celso Amorim adverte que democracias precisam pensar “profundamente” sobre o que significa esse avanço. Segundo o diplomata, nunca houve um avanço tão forte desse momento desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Por Redação – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) observa com grande preocupação o rápido avanço da ultradireita neofascista, no mundo. O tema será levado para seus encontros durante a cúpula do G7, na Itália, a partir de sexta-feira. Nesta quinta-feira, o dirigente brasileiro passa por Genebra e, em discurso na Conferência Internacional do Trabalho (OIT), tende a abordar a pauta.
Conselheiro da Presidência para Assuntos Internacionais, o embaixador Celso Amorim adverte que democracias precisam pensar “profundamente” sobre o que significa esse avanço. Segundo o diplomata, em entrevista ao correspondente internacional Jamil Chade, em sua coluna no portal de notícias UOL, nunca houve um avanço tão forte desse momento desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Uso da IA
Na semana passada, a extrema direita venceu na França, Itália e Áustria; além de chegar em segundo lugar na Alemanha, entre outros países europeus. O uso da Inteligência Artificial (IA) na disseminação de notícias falsas, expediente muito utilizado pelas forças neofascistas, é um ponto a ser abordado nas discussões, segundo Amorim.
— A Inteligência Artificial é o novo divisor de águas do mundo. Corremos o risco de ter um novo Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Há um grande interesse que haja uma negociação entre EUA e China para que não seja usada de maneira perigosa e dramática. Veja o que ocorreu em Israel, com armas que matam sem a intervenção do ser humano. Só entra na decisão na hora de fazer o programa. Depois, se alguém gritar que aqui tem uma criança, paciência. Está no programa. Isso é muito perigoso — encerrou Amorim.