A maioria das mortes ocorreu enquanto os imigrantes estavam a caminho da Itália, país que recebeu quase 158 mil migrantes forçados pela rota do Mediterrâneo Central em 2023, aumento de 50% em relação a 2022, segundo o Ministério do Interior.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Quase 100 imigrantes morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o Mediterrâneo central e oriental desde o início de 2024, quase o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado, anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A informação foi divulgada pela diretora da OIM, Amy Pope, que destacou, porém, que 2023 continua sendo o ano com maior quantidade de vítimas desde 2016.
Ao todo, o número de mortos e desaparecidos no Mediterrâneo disparou de 2.048 em 2021 para 2.411 em 2022 e 3.041 no ano passado.
Mediterrâneo Central
A maioria das mortes ocorreu enquanto os imigrantes estavam a caminho da Itália, país que recebeu quase 158 mil migrantes forçados pela rota do Mediterrâneo Central em 2023, aumento de 50% em relação a 2022, segundo o Ministério do Interior.
Os principais países de origem são Guiné (18,2 mil), Tunísia (17,3 mil), Costa do Marfim (16 mil), Bangladesh (12,2 mil) e Egito (11,1 mil). Destes, apenas Bangladesh não fica na África.
– Até mesmo uma morte é demais, e o novo recorde de mortes e desaparecimentos é um alerta severo de que uma abordagem abrangente, que inclui rotas seguras e regulares, um pilar estratégico para a OIM. É a única solução que beneficiará tanto os migrantes como os Estados – disse ela.
Os dados da agência são divulgados no momento em que a Conferência Itália-África em Roma discute a questão da migração.
– É uma oportunidade significativa para discutir mecanismos unificados e sustentáveis para impedir novas perdas desnecessárias de vidas em rotas perigosas e para proteger as pessoas em movimento – concluiu Pope.