O anúncio representa uma escalada nas políticas anti-imigração do segundo mandato do republicano.
Por Redação, com CartaCapital – de Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou na quinta-feira que planeja suspender a migração para os Estados Unidos de pessoas procedentes de “países do terceiro mundo”, um dia após um cidadão afegão ter sido acusado de abrir fogo contra dois militares da Guarda Nacional em Washington.

– Vou suspender permanentemente a migração de todos os países do terceiro mundo para permitir que o sistema dos Estados Unidos se recupere totalmente – escreveu Trump nas redes sociais.
Ele também ameaçou revogar “milhões” de vistos concedidos durante o governo de seu antecessor, Joe Biden, e “expulsar qualquer pessoa que não seja um ativo para os Estados Unidos”.
Benefícios e subsídios federais
Trump acrescentou que acabará com todos os benefícios e subsídios federais para os que não são cidadãos norte-americanos. Também indicou que deportará qualquer estrangeiro que represente um risco para a segurança ou que “não seja compatível com a civilização ocidental”.
A postagem irritada, que terminava desejando um feliz Dia de Ação de Graças aos americanos, representa uma escalada nas políticas anti-imigração do segundo mandato do republicano, dominado por uma campanha de deportação em massa.
– Os objetivos serão perseguidos com o objetivo de alcançar uma redução significativa nas populações ilegais e disruptivas – disse Trump na quinta-feira.
– Apenas a migração reversa pode resolver completamente esta situação – concluiu.
Trump diz que começará ’em breve’ ações em terra na Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira que os esforços contra traficantes de drogas venezuelanos “por terra” começarão “muito em breve”, aumentando ainda mais as tensões com Caracas, que alega que a campanha antidrogas americana tem como objetivo derrubar Nicolás Maduro.
– Quase paramos [o narcotráfico]. Cerca de 85% do trânsito por via marítima foi interrompido – disse Trump em uma videochamada de Ação de Graças para as tropas americanas de sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.
– E vamos começar a pará-los por terra também. Por terra é mais fácil, mas isso vai começar muito em breve – acrescentou.
Washington acusa Maduro de liderar o suposto Cartel de los Soles, que designou como grupo terrorista na segunda-feira. Caracas, por sua vez, considerou essa classificação como uma “mentira ridícula”.
Desde setembro, as forças americanas atacaram mais de 20 embarcações supostamente dedicadas ao tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, com um saldo de ao menos 83 mortos.
Os Estados Unidos também enviaram ao Caribe o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, acompanhado de navios de guerra e aviões de combate, um destacamento que Washington alega servir para operações de combate ao tráfico de drogas.
Mas Maduro denunciou que essas manobras militares têm como objetivo derrubá-lo para que os Estados Unidos possam se apoderar das reservas de petróleo de seu país.
Washington não divulgou detalhes que apoiem suas afirmações de que as pessoas atacadas em seus bombardeios sejam realmente narcotraficantes. Já a Venezuela denuncia esses ataques como “execuções extrajudiciais”.
Trump autorizou ações clandestinas da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela, e disse que, “em algum momento”, falará com Maduro.