Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

PT intensifica negociações, de olho na vitória sobre Bolsonaro

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Quarta, 03 de Agosto de 2022 às 13:24, por: CdB

A ordem interna, no entanto, é se preparar para a possibilidade de enfrentar Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Antes mesmo da divulgação de pesquisas que mostram que a avaliação do governo federal teve ligeira melhora, a determinação era evitar o clima de euforia com a possibilidade de vitória na primeira rodada.

Por Redação - de São Paulo
O PT intensificou as negociações para tentar liquidar a eleição presidencial com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno e já conseguiu que os candidatos do Avante, André Janones, e do PROS, Pablo Marçal, desistissem da corrida eleitoral para apoiá-lo, de imediato . A ordem interna, no entanto, é se preparar para a possibilidade de enfrentar Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.
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Janones, do Avante, considera a 'Terceira Via' um movimento sem futuro e preferiu desistir da candidatura para apoiar Lula
Antes mesmo da divulgação de pesquisas que mostram que a avaliação do governo federal teve ligeira melhora, e que a distância entre Lula e Bolsonaro, especialmente entre os mais pobres, caiu, a determinação era evitar o clima de euforia com a possibilidade de vitória na primeira rodada. De acordo com o mais recente levantamento do instituto Datafolha, ele teria hoje 47% dos votos totais no primeiro turno das eleições, contra 29% de Bolsonaro. E poderia, portanto, ganhar por estreita margem de erro no primeiro turno: considerando-se os votos válidos, ele chegaria hoje a 52%, contra 32% do presidente da República.

Percentuais

Pesquisas de outros institutos também revelam estabilidade na disputa, mas com ligeira melhora de Bolsonaro. Pesquisa do instituto Ipespe, financiada pela XP e divulgada em julho, mostrou Bolsonaro com 35% e Lula com 44%. De acordo com interlocutores, o ex-presidente, no entanto, tem repetido que pleitos presidenciais no Brasil, em sua grande maioria, se resolvem apenas no segundo turno. Integrantes de sua campanha também repetem que as eleições não são ganhas em pesquisas, mas nas urnas. E que ainda faltam dois meses para que a população escolha o nome que pretende ver na Presidência da República. É preciso, ainda, ter sangue frio para lidar com oscilações nas pesquisas, e evitar tanto o clima de "já ganhou" quanto o de "já perdeu". Coordenadores da equipe eleitoral do petista afirmam ainda que o estreitamento da diferença entre ele e Bolsonaro não surpreende.

Auxílio Brasil

O presidente da República seria um adversário forte, que tem os instrumentos de governo para adotar políticas públicas que se revertam em votos. E não está hesitando em usá-los para isso. Os maiores exemplos são o Auxílio Brasil turbinado, de R$ 600, e o pagamento de R$ 2.000 a taxistas e caminhoneiros para subsidiar a compra de combustíveis. Na arena política, o PT segue se esforçando para somar apoios ainda no primeiro turno. O PROS declarou apoio a Lula, e o partido negociou com o pré-candidato André Janones (Avante) para que ele retire a candidatura e suba no palanque do petista ainda no primeiro turno.
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