Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

PSOL acredita que, se Alckmin apoiar Lula, ficará difícil negociar

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Segunda, 06 de Dezembro de 2021 às 12:59, por: CdB

Medeiros explicou a jornalistas, nesta segunda-feira, que o PSOL ainda debate as alianças para as próximas eleições. No entanto, deixou claro o descontentamento do partido com a possibilidade da chapa Lula-Alckmin.

Por Redação - de São Paulo
A possível aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) pode ser um "elemento dificultador" para o apoio do PSOL à chapa em 2022. A afirmação é do presidente nacional da sigla, Juliano Medeiros.
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Presidente do PSOL, Medeiros não acredita que Alckmin somará votos para Lula
Medeiros explicou a jornalistas, nesta segunda-feira, que o PSOL ainda debate as alianças para as próximas eleições. No entanto, deixou claro o descontentamento do partido com a possibilidade da chapa Lula-Alckmin. — Há um princípio de que errar uma vez é humano, mas errar duas já começa a ser burrice — disse o presidente do PSOL.

Centro-direita

Na avaliação do líder do partido de centro-esquerda, Alckmin não conseguiria fazer com que seus eleitores conservadores votassem em Lula. Além disso, o apoio do ex-governador paulista a pautas contrárias às da esquerda também pode provocar um racha em aliados do PT em 2022. — Não vejo o que Alckmin agrega em termos de força para essa aliança de mudanças. Alckmin defende as medidas que foram implementadas nos últimos anos: reforma trabalhista, lei das terceirizações, reforma da previdência, privatizações. Um conjunto de políticas que criou a crise econômica e aprofundou a recessão no Brasil nos últimos anos — acrescentou Medeiros. Segundo o psolista, “Alckmin é político de centro-direita, e a centro-direita é corresponsável pela crise que estamos vivendo”. — Para nós, do PSOL, não faz muito sentido pensar numa aliança das esquerdas com políticos como Alckmin ou com partidos que representem as posições dele — acrescentou. Medeiros também afirmou que a aliança Lula-Alckmin causa desconforto entre os próprios petistas, o que também deixa o PSOL em alerta sobre apoiar essa possível chapa. — Não há dúvida de que seria um elemento dificultador. E não há dúvida de que provoca grande desconforto não só no PSOL, como também em parte da militância do próprio PT. Intelectuais e militantes que veem no Lula a possibilidade de superar essa tragédia que é o governo Bolsonaro não querem ver repetido o filme de 2016 — concluiu o líder do PSOL.
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