Quarta, 02 de Fevereiro de 2022 às 11:57, por: CdB
Para aliados Pacheco já está fora da disputa, embora o PSD, sob o comando do ex-prefeito paullistano Gilberto Kassab, ainda mantenha o interesse em manter um candidato próprio ao Planalto. A aliança mais provável é com o PT, que lidera as pesquisas eleitorais com a pré-candidatura de Lula.
Por Redação - de Brasília
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) estaria prestes a desistir da pré-candidatura ao Palácio do Planalto, segundo notas disseminadas pela mídia conservadora nesta quarta-feira. Com desempenho sofrível nas pesquisas, Pacheco estaria disposto a tentar se manter na Presidência do Congresso, na eleição de fevereiro do ano que vem, em uma negociação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para aliados Pacheco já está fora da disputa, embora o PSD, sob o comando do ex-prefeito paullistano Gilberto Kassab, ainda mantenha o interesse em manter um candidato próprio ao Planalto. A aliança mais provável é com o PT, que lidera as pesquisas eleitorais com a pré-candidatura de Lula. O petista tenta se aproximar do PSD e de Kassab.
Políticos próximos a Pacheco ainda dizem que ele tem muito a perder ao desviar a atenção do Senado para a corrida presidencial. Pacheco está na metade de seu mandato e pode se reeleger, principalmente com um possível apoio do PT. Uma decisão formal do PSD sobre Pacheco, no entanto, tende a ocorrer apenas no mês que vem.
Alianças
Kassab, porém, não fecha as portas para a possibilidade de compor um eventual terceiro governo do ex-presidente Lula (PT). O petista é o favorito, segundo pesquisas, para vencer a eleição de 2022. Ainda que o dirigente partidário defenda a pré-candidatura de Pacheco à Presidência da República, ele voltou a acenar para a possibilidade de aliança com petistas.
Ainda no cenário das negociações com vistas às eleições de outubro, o partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, Republicanos, está de malas prontas para desembarcar de uma possível tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O Republicanos já discute se apoiará o ex-presidente Lula ou o ex-juiz suspeito Sergio Moro.
Além de integrar o grupo político de extrema direita conhecido como ‘Centrão’ e, com isso compor na bancada de apoio ao governo Bolsonaro no Congresso, o Republicanos integra o primeiro escalão bolsonarista, com o ministro da Cidadania, João Roma. O vereador Carlos Bolsonaro (RJ) é do partido e o mandato do outro filho, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), já pertenceu à legenda.
Bastidores
A legenda, no entanto, somava a base aliada dos governos de Lula e da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), rompendo em 2016 para apoiar o golpe de Estado. Fez parte também do governo de Michel Temer e, atualmente, faz parte da base governista. Seu presidente, Marcos Pereira, é bispo licenciado da Universal e foi ministro da Indústria e Comércio Exterior no governo Temer.
Sob a liderança de Pereira, o Republicanos saltou de um deputado federal eleito, há 16 anos, para 31 e detém hoje a oitava maior bancada. No Nordeste, diretórios do partido admitem acordo com Lula. Em Pernambuco, o Republicanos é chefiado pelo deputado Silvio Costa Filho, que apoia o governador Paulo Câmara (PSB) e já elogiou as articulações para uma dobradinha entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin.
— Essa unidade representa o sentimento de muitos que sonham com um país mais justo e mais solidário — resumiu Silvio Costa Filho, a jornalistas.