Ivone Silva tem longa trajetória no sindicalismo e no partido, ao qual é filiada desde a década de 1990. Nos últimos sete anos, presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Por Redação - de São Paulo
Mulher, negra e petista. Esta é a sindicalista Ivone Silva, 53, que assumiu o comando do Instituto Lula em um momento único da instituição criada para divulgar o legado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após seus dois primeiros mandatos. Com ele de volta à cadeira, a dirigente relata viver um desafio.
Além de manter a vocação original, o organismo quer contribuir para o terceiro mandato do governante.
— Ao mesmo tempo que precisamos valorizar o que foi feito nos dois mandatos anteriores, estamos em plena gestão [de Lula] e podemos ajudar a fazer debates para pensar o Brasil — disse ela ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira.
Batuta
Ivone Silva tem longa trajetória no sindicalismo e no partido, ao qual é filiada desde a década de 1990. Nos últimos sete anos, presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Na segunda-feira, foi a primeira mulher eleita para presidir o instituto, com sede no bairro do Ipiranga (Zona Sul da capital paulista).
Ela substitui, no posto, o economista Marcio Pochmann, que aceitou o convite do próprio Lula para ocupar a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A defesa da atuação de Pochmann é um dos muitos pontos em que Ivone ecoa falas de Lula. Seu antecessor é "um profissional técnico maravilhoso", sofreu ataques infundados quando se ventilou até a possibilidade de manipulação de dados no IBGE sob sua batuta.
A aliada elogia também a passagem dele pelo instituto, destacando o incentivo a discussões sobre temas como impactos da revolução tecnológica no trabalho, inclusão digital, desigualdade e migração.