O senador Omar Aziz (PSD-AM) desponta como praticamente certo para a Presidência da comissão, consolidando a estratégia do Palácio do Planalto de ocupar os principais cargos do colegiado.
Por Redação – de Brasília
Com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS oficialmente criada, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensifica os bastidores políticos para garantir o controle da comissão e evitar que a oposição dite os rumos da investigação sobre fraudes no sistema previdenciário.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) desponta como praticamente certo para a Presidência da comissão, consolidando a estratégia do Palácio do Planalto de ocupar os principais cargos do colegiado. O foco agora recai sobre a relatoria — de responsabilidade da Câmara — que pode ser entregue ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Planalto teme que, caso o relator seja um parlamentar alinhado a Bolsonaro, a CPMI se transforme em um palanque político contra Lula. Os nomes mais cotados no PL para assumir essa função são os deputados Coronel Crisóstomo (RO) e Coronel Fernanda (MT), ambos protagonistas na coleta de assinaturas para viabilizar a instalação da comissão.
Relatoria
Para conter o avanço da oposição, o governo articula com partidos do chamado ‘Centrão’ uma diretiva que evite o protagonismo bolsonarista na relatoria. Ao mesmo tempo, tenta apresentar a narrativa de que as fraudes no INSS ocorreram majoritariamente durante o governo anterior e que a atual gestão apenas as identificou e passou a combatê-las.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), advoga que a condução da CPMI seja feita com equilíbrio.
— Seria de bom-tom que a investigação não fosse conduzida nem por alguém do partido do presidente da República e nem pelo principal partido de oposição — concluiu.