Rio de Janeiro, 18 de Julho de 2025

Presidência da CPMI do INSS poderá ser ocupada por aliado do Planalto

Senador Omar Aziz (PSD-AM) se destaca como favorito para presidir a CPMI do INSS, enquanto o governo articula para evitar influência da oposição.

Quarta, 18 de Junho de 2025 às 19:30, por: CdB

O senador Omar Aziz (PSD-AM) desponta como praticamente certo para a Presidência da comissão, consolidando a estratégia do Palácio do Planalto de ocupar os principais cargos do colegiado.

Por Redação – de Brasília

Com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS oficialmente criada, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensifica os bastidores políticos para garantir o controle da comissão e evitar que a oposição dite os rumos da investigação sobre fraudes no sistema previdenciário.

Presidência da CPMI do INSS poderá ser ocupada por aliado do Planalto | O senador Omar Aziz (PSD-AM) é apontado como favorito para presidir a CPMI do INSS
O senador Omar Aziz (PSD-AM) é apontado como favorito para presidir a CPMI do INSS

O senador Omar Aziz (PSD-AM) desponta como praticamente certo para a Presidência da comissão, consolidando a estratégia do Palácio do Planalto de ocupar os principais cargos do colegiado. O foco agora recai sobre a relatoria — de responsabilidade da Câmara — que pode ser entregue ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Planalto teme que, caso o relator seja um parlamentar alinhado a Bolsonaro, a CPMI se transforme em um palanque político contra Lula. Os nomes mais cotados no PL para assumir essa função são os deputados Coronel Crisóstomo (RO) e Coronel Fernanda (MT), ambos protagonistas na coleta de assinaturas para viabilizar a instalação da comissão.

 

Relatoria

Para conter o avanço da oposição, o governo articula com partidos do chamado ‘Centrão’ uma diretiva que evite o protagonismo bolsonarista na relatoria. Ao mesmo tempo, tenta apresentar a narrativa de que as fraudes no INSS ocorreram majoritariamente durante o governo anterior e que a atual gestão apenas as identificou e passou a combatê-las.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), advoga que a condução da CPMI seja feita com equilíbrio.

— Seria de bom-tom que a investigação não fosse conduzida nem por alguém do partido do presidente da República e nem pelo principal partido de oposição — concluiu.

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