O Gaeco aponta a existência de uma organização criminosa que fraudava licitações e contratos envolvendo o serviço funerário.
Por Redação, com CartaCapital – de Brasília
O prefeito Clésio Salvaro (PSD-SC), de Criciúma, sul de Santa Catarina, foi preso na manhã desta terça-feira. O político é suspeito de participar de um esquema que fraudava serviços funerários na cidade.
Além de Salvaro, a operação deflagrada pelo Gaeco busca deter outras nove pessoas. Os mandados estão espalhados pelas cidades de Criciúma, Jaraguá do Sul, São José e Florianópolis. Os nomes dos demais presos ainda não foram divulgados.
Até aqui, o Gaeco aponta a existência de uma organização criminosa que fraudava licitações e contratos envolvendo o serviço funerário. Os crimes apontados, além da formação da quadrilha e da fraude, são corrupção e crimes contra a ordem econômica e contra a economia popular.
Ao todo, indicam as investigações, 17 pessoas formariam o grupo criminoso que atuava na fraude ao serviço da cidade. Os detalhes do funcionamento do esquema, no entanto, ainda não foram revelados e integram um inquérito sigiloso.
Dessas 17 pessoas, sete já haviam sido presas na primeira fase das investigações, realizada no dia 5 de agosto. Naquela ocasião, Salvaro chegou a ser alvo de mandados de busca e apreensão, mas não foi preso. O principal detido naquela primeira fase foi o ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira.
Esquema fraudulento
Dessa vez, segundo o Gaeco, a prisão foi determinada após a coleta de novas provas, que indicaram uma maior participação do prefeito no esquema fraudulento.
Em nota, a prefeitura de Criciúma disse que ainda não foi notificada oficialmente da prisão, mas que já acompanha o caso juridicamente. A administração prometeu nova posição oficial assim que tomar conhecimento completo dos fatos.
O prefeito, por sua vez, divulgou nas redes sociais um vídeo em que alega ser inocente. “Eu tenho certeza da minha inocência. (…) Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada que possa me incriminar”, disse o político na gravação.