Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Policiais militares são acusados de matar suspeito já rendido

Policiais militares são presos após investigação sobre a morte de Jeferson de Souza, baleado enquanto estava rendido. Câmeras corporais desmentem versão dos agentes.

Quinta, 24 de Julho de 2025 às 14:11, por: CdB

Segundo a versão dos agentes, a vítima teria resistido à prisão e tentado pegar a arma de um dos policiais; imagens das câmeras corporais desmentiram a versão.

Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo

A Corregedoria da Polícia Militar prendeu os PMs Alan Wallace dos Santos Moreira e Danilo Gehrinh, no curso de uma investigação sobre a morte de um homem em situação de rua no viaduto 25 de Março, na região central de São Paulo. Eles foram presos nesta terça-feira.

Policiais militares são acusados de matar suspeito já rendido | Câmera corporal em um policial militar de São Paulo
Câmera corporal em um policial militar de São Paulo

Segundo a decisão judicial que decretou a prisão dos agentes, a vítima foi baleada com tiros de fuzil na noite do dia 13 de junho quando já estava rendida. Jeferson de Souza, de 23 anos, teve oito perfurações a bala no corpo, sendo duas na cabeça, segundo registro policial feito pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao pronto socorro da Santa Casa, mas não resistiu.

Em uma verão inicial registrada pelos PMs no boletim de ocorrência, os agentes afirmaram que Jeferson foi avistado descendo de uma árvore durante patrulhamento no trecho entre a Rua da Figueira e o Viaduto Antônio Nakashima.

Abordagem

Durante abordagem, os policiais teriam constatado que o homem era procurado por estupro e agressão. E que, ao anunciarem que ele seria conduzido para a delegacia, Jeferson teria tentado pegar a arma de um dos agentes, o que teria motivado três disparos.

Imagens das câmeras corporais utilizadas pelos policiais mostram um deles tapando a lente do dispositivo no momento dos tiros.

Os policiais Alan Wallace dos Santos Moreira e Danilo Gehrinh foram levados pela Corregedoria da PM para o 78º DP dos Jardins e depois encaminhados ao Presídio Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Um terceiro policial, que acompanhava a abordagem, não foi incluído na investigação por ter ficado o tempo todo dentro da viatura estacionada.

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