André Luiz Gomes da Costa, de 50 anos, alegou ser pastor no momento da prisão.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira, um dos suspeitos de aplicar o golpe do “Boa noite, Cinderela” contra o turista canadense Cameron Golinsky. Os agentes da 12ª DP (Copacabana) encontraram André Luiz Gomes da Costa, de 50 anos, dentro de uma igreja no bairro Galo Branco, em São Gonçalo, onde ele alegou trabalhar como pastor.

Segundo a polícia, André tem ao menos 14 anotações por roubo, extorsão e por outro golpe da mesma modalidade. A prisão ocorreu após análise das imagens do dia do crime.
O outro suspeito com participação no crime é considerado foragido.
Relembre o caso
O canadense Cameron Golinsky, de 35 anos, relatou nas redes sociais ter sido dopado, roubado e possivelmente violentado sexualmente em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ele, que mora nos Estados Unidos e visitava o Brasil para aprender português, conheceu dois homens em um bar que costumava frequentar após a praia.
Eles o convidaram para beber e, em seguida, o convenceram a ir ao seu apartamento. Lá, segundo a vítima, ele foi dopado e perdeu a consciência. Golinsky acordou dois dias depois, completamente nu, desorientado e com sinais de agressão. Ele calculou um prejuízo de cerca de US$ 3 mil (quase R$ 16 mil).
Golpe antigo, casos frequentes
Apesar de ser um golpe antigo, os registros têm se tornado cada vez mais frequentes no Rio. Em reportagens anteriores, o site Agenda do Poder revisitou o modus operandi de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime, que há décadas faz vítimas na cidade.
A delegada Patrícia Alemany, titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo disse à reportagem que os turistas estrangeiros seguem como alvos preferenciais.
Além disso, aplicativos de relacionamento voltado para a população LGBTQIAPN+ têm sido cada vez mais utilizados para atrair homens para encontros que terminam em violência e roubo.
Dentro da bebida, os criminosos utilizam droga de efeito rápido: muitas vezes um ansiolítico de uso controlado, potencializado pela mistura com álcool e, em alguns casos, até com outras drogas.
Mulher desaparecida na Tijuca é encontrada morta no rio Acari
A Polícia Civil do Rio investiga a morte de Flávia Ferreira Dornelles, de 39 anos, que estava desaparecida desde o último sábado. O corpo da cuidadora de idosos foi encontrado boiando no rio Acari, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira.
Flávia morava em Cascadura, era casada e deixa dois filhos: um jovem de 20 anos e uma menina de apenas 2 anos.
Imagens mostram Flávia entrando em veículo branco
De acordo com a família, imagens de câmeras de segurança obtidas pelo marido e pela mãe mostram os últimos momentos em que a vítima foi vista com vida. Após sair do trabalho na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, por volta das 17h30 de sábado, ela aguardou na calçada, mexeu no celular e caminhou até outro ponto da via.
Nas gravações, um carro branco se aproxima. Flávia vai ao encontro do veículo e entra pela porta da frente, no banco do carona. Depois disso, não voltou a ser vista.
Família presta depoimento e investigação segue em sigilo
A mãe e o marido da vítima prestaram depoimento na terça-feira. Segundo os investigadores, há uma linha de investigação em andamento, mas os detalhes são mantidos em sigilo.
“Tem imagens que mostram ela entrando nesse carro e suspeitamos que possa ser alguém conhecido. Estamos em busca de respostas”, disse um familiar.
Outro parente desabafou sobre o impacto da perda: “Ela tem uma menininha de dois anos. Como vamos explicar isso para essa criança? Era uma pessoa sempre boa, que ajudava todos. Está doendo muito.”