As investigações contra Pezão foram iniciadas a partir de um depoimento de outro ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, como delação premiada. Entretanto, a delação foi invalidada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Edson Fachin, relator do caso.
Por Redação, com Diário do Rio e ABr - do Rio de JaneiroA Polícia Federal pediu o arquivamento de um inquérito aberto contra Luiz Fernando Pezão, ex-governador do Rio de Janeiro.
As investigações contra Pezão foram iniciadas a partir de um depoimento de outro ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, como delação premiada. Entretanto, a delação foi invalidada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Edson Fachin, relator do caso.
Sem as declarações de Cabral, André Gustavo Veras de Oliveira, delegado da PF responsável pelo caso, afirmou ao Ministério Público Federal, na última sexta-feira, que com a anulação das informações não havia mais viabilidade para seguir com as investigações.
“A partir dessa decisão que tornou sem efeito a única e principal fonte que originou o inquérito, e que demonstraria os indícios do cometimento de ato ilícito juntamente com a autoria e materialidade, não há mais viabilidade no prosseguimento das investigações”, informa um trecho da conclusão do relatório.
Inquérito policial
O delegado ainda completou que “diante do que foi exposto, pelo fato de que o inquérito policial só deve ser instaurado mediante a existência de mínimos indícios, visto que o elemento de informação a ser utilizado é inválido, resta a este órgão policial opinar pelo arquivamento do inquérito”.
Em 2021, Pezão foi condenado a 98 anos de prisão por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção passiva, ativa. Na época, foi a primeira condenação de Pezão na Lava Jato do Rio.