Rio de Janeiro, 21 de Abril de 2025

Polícia Federal deflagra ação contra incêndios criminosos em Corumbá

Investigadores suspeitam que envolvidos em queimadas em área da União tenham dado prejuízo na casa dos R$ 220 milhões.


Sexta, 20 de Setembro de 2024 às 12:04, por: CdB

Investigadores suspeitam que envolvidos em queimadas em área da União tenham dado prejuízo na casa dos R$ 220 milhões.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

A Polícia Federal (PF) foi às ruas na manhã desta sexta-feira em operação contra suspeitos de participarem de incêndios criminosos na região de Corumbá (MS). São sete mandados de busca e apreensão.

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Corumbá (MS) é a cidade que mais queima no Brasil

Para a PF, “as investigações dos incêndios de 2024 apontam que a área queimada é algo reiterado deste tipo de crime ambiental, e posteriormente alvo também de grilagem das áreas com a realização de fraudes junto aos órgãos governamentais”.

São investigados incêndios em um território de 6,4 mil hectares de propriedade da União no Pantanal. A estimativa é que os danos superem R$ 220 milhões.

A corporação já fez buscas na região e identificou, pelo menos, 2,1 mil cabeças de gado na área que é objeto da investigação. A estimativa, porém, é de que mais de 7,2 mil animais tenham sido criados na região durante o período investigado.

Caso os suspeitos sejam denunciados, eles podem responder pelos crimes de provocar incêndio em mata ou floresta, desmatar e explorar economicamente área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.

Apesar das queimadas generalizadas no Brasil, o caso de Corumbá é especialmente preocupante. O município do MS, que faz fronteira com a Bolívia, é o mais afetado pelo fogo no país, neste ano.

Segundo dados do MapBiomas, foram 616.980 hectares de área queimada na cidade, entre janeiro e agosto deste ano. A área sob fogo em Corumbá é mais que o dobro da referente ao segundo colocado, o município de São Félix do Xingu (PA), com 277.951 hectares sob incêndio, no mesmo período.

PF abre inquérito para investigar incêndio em Brasília

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar o incêndio que, desde o último domingo, atinge o Parque Nacional de Brasília, próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República.

Conhecido como Água Mineral, o parque nacional é uma unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

O ICMBio confirmou, à Agência Brasil que o incêndio começou em região próxima à residência oficial Granja do Torto e que, desde ontem, mantém brigadistas no local, em apoio ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino determinou, nesse domingo, a disponibilização de um orçamento de emergência climática para enfrentar os incêndios florestas que atingem diversas partes do país.

Na decisão, Dino determinou também o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para mobilizar recursos e permitir que o órgão trate como prioridade os inquéritos sobre queimadas e incêndios.

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