Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Polícia faz operação em sete Estados contra organização criminosa

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Terça, 02 de Julho de 2024 às 13:02, por: CdB

As investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com conhecida facção criminosa.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás a Operação Terra Fértil, que tem por objetivo promover a descapitalização patrimonial e a desarticulação de uma organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas.

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Investigações identificaram transações suspeitas com movimentação de mais de R$ 5,5 bilhões, decorrentes de atividades ilícitas

Cerca de 280 policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte, nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Goiás.

As investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com conhecida facção criminosa.

Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas a ele associadas faziam parte de uma rede que cometia diversos delitos, visando principalmente ocultar e dissimular o patrimônio proveniente da prática de inúmeros crimes, dentre os quais o tráfico internacional de drogas. O homem já fora investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos Cartéis Mexicanos.

Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema CAGED, e adquiriam por meio dessas empresas imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social.

Os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios a anos, alguns até receberam auxílio emergencial.

A PF também constatou que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.

Estima-se que o montante dos valores ilegalmente movimentados pela organização criminosa atinge a quantia de mais de R$ 5 bilhões no período de pouco mais de cinco anos.

Operação Hinterland de combate ao tráfico transnacional de drogas

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Narcopesca, que consiste na segunda fase da Operação Hinterland, que investiga uma organização criminosa que atua na logística de transporte de grandes carregamentos de drogas em embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros, com destino para Europa e África. A investigação contou com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil.

Nesta segunda fase, policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além do sequestro de imóveis, veículos, embarcações e bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas e pessoas jurídicas.

As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 22ª Vara Federal de Porto Alegre, e estão sendo cumpridas nos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Durante a investigação, ficou comprovado o envolvimento dessa organização criminosa no transporte de, aproximadamente, 4,6 toneladas de cocaína, que iriam para Europa, e 3 toneladas de haxixe que viriam para o Brasil.

A Polícia Federal também conseguiu relacionar alguns dos investigados no flagrante, ocorrido em 29 de fevereiro deste ano, que tentou inserir 21 kg de cocaína no casco de um navio que partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.

Os investigados poderão responder pelos crimes tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de reclusão.

As investigações da Operação Narcopesca tiveram início em decorrência de informações recebidas após a deflagração da Operação Hinterland, ocorrida em 31/3/2023, voltada à repressão tráfico transnacional de drogas, por meio marítimo, da América do Sul para a Europa.

Na ocasião, 200 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal do Brasil cumpriram 534 ordens judiciais, incluindo 17 mandados de prisão preventiva, nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, bem como na cidade de Assunção, no Paraguai.

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