Rio de Janeiro, 20 de Março de 2025

PM atira à queima-roupa em homem que filmava operação policial

Polícia foi chamada para liberar uma via que tinha sido bloqueada por moradores quando houve uma confusão generalizada.

Quinta, 26 de Dezembro de 2024 às 11:19, por: CdB

Polícia foi chamada para liberar uma via que tinha sido bloqueada por moradores quando houve uma confusão generalizada.

Por Redação, com CartaCapital e ABr – de São Paulo

Um policial militar atirou em um homem à queima-roupa em Osasco, na Grande São Paulo. A vítima, de 24 anos, foi atingida na quarta-feira enquanto filmava a operação policial.

acaopm.jpg
Ação da PM em Osasco

O caso foi registrado por câmeras de segurança. Questionada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a Polícia Militar analisa as imagens e investiga o caso por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).

Ainda conforme a SSP, a PM foi chamada para liberar uma via que tinha sido bloqueada por moradores quando houve uma confusão generalizada.

Durante a abordagem o homem teria tentado tirar a arma de um policial, quando outro PM interveio. Essa suposta ação do homem não é possível ver nas imagens das câmeras. O caso foi registrado no 89° DP (Jardim Taboão).

“Desvios de conduta não são tolerados pela corporação e todas as medidas cabíveis são tomadas em caso de abuso por parte dos policiais”, disse a pasta em nota.

MP de São Paulo denuncia policiais por formação de milícia

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou na segunda-feira um grupo de 16 pessoas por formação de milícia privada, prática de extorsão, lavagem de dinheiro e por exploração de ambulantes, muitos deles estrangeiros, no Brás, uma das principais regiões de comércio popular da cidade. Entre os denunciados estão cinco policiais militares e uma escrivã da polícia civil.

Segundo o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do MP (GAECO), o grupo atuava cobrando pagamentos dos vendedores ambulantes ilegais. Uma das testemunhas ouvidas pelos promotores disse que os denunciados exigiam o pagamento de R$ 15 mil por ano e mais R$ 300 por semana para atuarem no local.

A denúncia foi feita no âmbito da Operação Aurora, deflagrada em 16 de dezembro com a Corregedoria da Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil. Dos 16 denunciados, nove já estavam cumprindo prisão preventiva. A Justiça ainda não se manifestou se aceitará a denúncia.

O Ministério Público informou que as investigações começaram após informações da Corregedoria da PM sobre o caso. A promotoria contou que os ambulantes recorriam a agiotas para repassar o dinheiro aos supostos milicianos. As cobranças das “dívidas” dos “devedores” eram feitas com extrema violência.

Operação Aurora

Operação Aurora tinha determinado o cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva, além de outros 20 mandados de busca e apreensão. Na casa de um dos investigados foram encontrados R$ 145 mil. Oito empresas e mais 21 pessoas tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados. Na ocasião, foram detidos seis policiais militares e um policial civil. Um policial militar e uma civil seguem foragidos.

Edições digital e impressa