Polícia foi chamada para liberar uma via que tinha sido bloqueada por moradores quando houve uma confusão generalizada.
Por Redação, com CartaCapital e ABr – de São Paulo
Um policial militar atirou em um homem à queima-roupa em Osasco, na Grande São Paulo. A vítima, de 24 anos, foi atingida na quarta-feira enquanto filmava a operação policial.

O caso foi registrado por câmeras de segurança. Questionada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a Polícia Militar analisa as imagens e investiga o caso por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).
Ainda conforme a SSP, a PM foi chamada para liberar uma via que tinha sido bloqueada por moradores quando houve uma confusão generalizada.
Durante a abordagem o homem teria tentado tirar a arma de um policial, quando outro PM interveio. Essa suposta ação do homem não é possível ver nas imagens das câmeras. O caso foi registrado no 89° DP (Jardim Taboão).
“Desvios de conduta não são tolerados pela corporação e todas as medidas cabíveis são tomadas em caso de abuso por parte dos policiais”, disse a pasta em nota.
MP de São Paulo denuncia policiais por formação de milícia
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou na segunda-feira um grupo de 16 pessoas por formação de milícia privada, prática de extorsão, lavagem de dinheiro e por exploração de ambulantes, muitos deles estrangeiros, no Brás, uma das principais regiões de comércio popular da cidade. Entre os denunciados estão cinco policiais militares e uma escrivã da polícia civil.
Segundo o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do MP (GAECO), o grupo atuava cobrando pagamentos dos vendedores ambulantes ilegais. Uma das testemunhas ouvidas pelos promotores disse que os denunciados exigiam o pagamento de R$ 15 mil por ano e mais R$ 300 por semana para atuarem no local.
A denúncia foi feita no âmbito da Operação Aurora, deflagrada em 16 de dezembro com a Corregedoria da Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil. Dos 16 denunciados, nove já estavam cumprindo prisão preventiva. A Justiça ainda não se manifestou se aceitará a denúncia.
O Ministério Público informou que as investigações começaram após informações da Corregedoria da PM sobre o caso. A promotoria contou que os ambulantes recorriam a agiotas para repassar o dinheiro aos supostos milicianos. As cobranças das “dívidas” dos “devedores” eram feitas com extrema violência.
Operação Aurora
A Operação Aurora tinha determinado o cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva, além de outros 20 mandados de busca e apreensão. Na casa de um dos investigados foram encontrados R$ 145 mil. Oito empresas e mais 21 pessoas tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados. Na ocasião, foram detidos seis policiais militares e um policial civil. Um policial militar e uma civil seguem foragidos.