O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o Ipec, poderia vencer as próximas eleições, ainda no primeiro turno. No cenário em que Lula aparece com 48% – com cinco supostos candidatos –, Bolsonaro aparece em segundo, com 23%. No levantamento com 10 nomes, Lula teria 45% e o atual ocupante do Palácio do Planalto, 22%.
Por Redação - de São Paulo
O Palácio do Planalto acendeu a luz vermelha depois que a pesquisa do Ipec, divulgada na noite passada, revelou que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria entre 45% a 48% dos votos, se as eleições presidenciais fossem hoje. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou, nesta quinta-feira, a emissão de um edital milionário na área de publicidade.
Lula, segundo o Ipec, poderia vencer as próximas eleições, ainda no primeiro turno. No cenário em que Lula aparece com 48% – com cinco supostos candidatos –, Bolsonaro aparece em segundo, com 23%. No levantamento com 10 nomes, Lula teria 45% e o atual ocupante do Palácio do Planalto, 22%.
Diante da derrota iminente, no ano que vem, o governo lançou uma concorrência para selecionar quatro agências de publicidade para divulgar as ações e políticas públicas do presidente da República e de sua administração. A verba prevista para a publicidade é de R$ 450 milhões.
Os recursos públicos também poderão financiar o planejamento e a execução de pesquisas “e de outros instrumentos de avaliação e de geração de conhecimento sobre o mercado, o público-alvo, os meios de divulgação nos quais serão difundidas as peças e ações publicitárias ou sobre os resultados das campanhas realizadas”, diz o texto do edital.
Propostas
As agências interessadas em participar da propaganda do governo precisam criar uma campanha hipotética para ser apresentada no processo de concorrência. O briefing orienta a criação de publicidade para o 7 de Setembro. A certa altura, o documento alerta que a campanha do governo federal terá “o importante desafio de fazer frente a informações não correspondentes à realidade disseminadas por parte da mídia e em redes sociais”.
No texto do edital consta, ainda, que as informações de “parte” da imprensa não correspondem “às várias entregas e políticas públicas positivas” do governo Bolsonaro. As informações de “parte da mídia” que não vê as coisas positivas do governo, segundo o documento, “acabam gerando um sentimento de rejeição, que pode afetar diretamente a receptividade e a compreensão das mensagens a serem divulgadas”.
A campanha das agências deve também “exaltar” o “sentimento de confiança, esperança e otimismo dos brasileiros”. As propostas técnicas e de preço devem ser enviadas até 4 de novembro.