Laudo pericial apontou um prejuízo ambiental e ao patrimônio da União estimado em quase R$ 52 milhões nos últimos anos.
Por Redação, com ACS – de Brasília
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Catas Altas e Santa Bárbara-MG, em ação de combate a crimes ambientais e usurpação de bens da União.

As ordens judiciais foram expedidas pela Segunda Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que denunciou três pessoas de uma mesma família. Elas são acusadas de praticar, de forma reiterada, crimes ambientais e extração ilegal de minério de ferro em uma propriedade particular pertencente ao patriarca da família, sem qualquer autorização legal. Também foi constatada a supressão de vegetação nativa na área.
A investigação da Polícia Federal revelou que a extração ilegal de minério de ferro era realizada de maneira habitual e profissional, constituindo a principal fonte de renda da família há anos. Laudo pericial apontou um prejuízo ambiental e ao patrimônio da União estimado em quase R$ 52 milhões nos últimos anos.
A Polícia Militar Ambiental realizou diversas fiscalizações na propriedade, aplicando autuações administrativas e determinando, por várias vezes, a paralisação das atividades ilegais, que, entretanto, nunca foram efetivamente interrompidas. Diante da continuidade das infrações, foram solicitadas as medidas de busca e prisão ao Judiciário.
O preso foi encaminhado ao CERESP Gameleira, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.
Operação Sisamnes
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira, a 9ª fase da Operação Sisamnes com o objetivo de aprofundar a investigação sobre o esquema criminoso de vazamento e comercialização de informações sigilosas de investigações presididas pela Polícia Federal.
Segundo as investigações, os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas.
Além disso, a deflagração tem como objetivo apurar eventuais privilégios ilegais concedidos a um dos investigados atualmente preso no âmbito da Operação Sisamnes.
Assim, por determinação do Supremo Tribunal Federal, são cumpridos três mandados busca e apreensão em Palmas-TO, além da ordem de proibição de dois alvos de manterem contato e de saírem do país, recolhendo seus passaportes.