O documento, ainda segundo Rodrigues, apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas provas e indícios colhidos em operações de busca e apreensão realizadas após a conclusão do inquérito principal.
Por Redação – de Brasília
Embora tenha encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório sobre as investigações referentes ao golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro, a Polícia Federal (PF) ainda apura fatos capazes de fortalecer as acusações aos suspeitos, entre eles o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL). Nesta sexta-feira, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse ao canal norte-americano de TV CNN que a força policial pretende enviar em janeiro um relatório complementar sobre o inquérito do golpe.

O documento, ainda segundo Rodrigues, apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas provas e indícios colhidos em operações de busca e apreensão realizadas após a conclusão do inquérito principal. No período, os agentes federais colheram depoimentos de integrantes dos chamados ‘kids pretos’, a tropa de elite do Exército, e realizou nova oitiva ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, na delação premiada.
Repercussão
Ainda nesta sexta-feira, o diário francês Le Monde publicou uma longa matéria sobre os bastidores do golpe de Estado fracassado no Brasil, em 2022. O correspondente do diário em São Paulo, Bruno Meyerfeld, analisou detalhes do relatório de 884 páginas da PF, divulgado no final de novembro, um documento descrito pelo repórter como “explosivo”, que revelam acontecimentos que quase mudaram os rumos da história do país.
“Desconcertante”, “vertiginoso”, “gravíssimo”: o jornal Le Monde não poupa adjetivos para descrever os resultados das investigações sobre o golpe da extrema direita brasileira há pouco mais de dois anos, frustrado pela ação das forças civis.