Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PF prende suspeito de chefiar envio ilegal de remédios aos EUA

A Polícia Federal desmantela organização que exportava psicotrópicos sem prescrição médica do Brasil para os EUA. Descubra os detalhes da Operação Tarja Preta.

Terça, 11 de Novembro de 2025 às 11:32, por: CdB

Organização criminosa exportava psicotrópicos sem prescrição; operação cumpre mandados em Rio das Ostras.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Tarja Preta, que mira um esquema de exportação clandestina de remédios de uso controlado do Brasil para os Estados Unidos. Duas pessoas foram presas, entre elas o líder do grupo.

PF prende suspeito de chefiar envio ilegal de remédios aos EUA | Mandados de busca e apreensão em estabelecimentos
Mandados de busca e apreensão em estabelecimentos

Foram cumpridos um mandado de prisão temporária e seis de busca e apreensão em residências e estabelecimentos de Rio das Ostras, na Região dos Lagos.

Em um dos estabelecimentos, os agentes apreenderam vários medicamentos e prenderam um homem em flagrante.

Quatro pessoas e duas empresas estão na mira da investigação, que conta com apoio do Ministério Público Federal, dos Correios e de autoridades norte-americanas.

O homem apontado como líder do grupo foi detido em Orlando por agentes dos EUA e será deportado após os trâmites legais.

Como o esquema funcionava

As investigações tiveram início em 2023 e mostram uma estrutura organizada, com divisão clara de funções entre fornecedores, intermediários e quem recebia as encomendas.

O grupo enviava remédios de “tarja preta” para o exterior sem exigir receita médica, violando regras sanitárias brasileiras e norte-americanas.

Medicamentos enviados

Entre os medicamentos apreendidos estão Zolpidem, Alprazolam, Clonazepam, Pregabalina e Ritalina — todos classificados como psicotrópicos ou entorpecentes pelo Ministério da Saúde.

Parte das remessas foi interceptada pela PF, pelo U.S. Customs and Border Protection (CBP) e pela Drug Enforcement Administration (DEA).

A PF também identificou movimentações financeiras suspeitas e transferências relacionadas ao esquema, com indícios de lavagem de dinheiro.

Os investigados podem responder por organização criminosa e tráfico internacional de drogas, além de outros crimes que surgirem no decorrer das investigações.

 

Edições digital e impressa