Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PF mira suspeitos de espalhar nudes falsos de políticos

Polícia Federal apura a criação de nudes falsos de parlamentares usando inteligência artificial, além de investigar apologia ao nazismo e racismo.

Quarta, 19 de Novembro de 2025 às 12:31, por: CdB

Polícia Federal investiga criação de nudes falsos de parlamentares com inteligência artificial; ação apura também apologia ao nazismo, racismo e divulgação de conteúdos criminosos.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar a produção e a divulgação de nudes falsos de parlamentares federais. Segundo a corporação, os envolvidos utilizavam ferramentas de inteligência artificial para manipular imagens e criar conteúdo sexualmente explícito com o objetivo de expor e constranger figuras públicas. O caso também envolve possíveis delitos de apologia ao nazismo e práticas racistas.

PF mira suspeitos de espalhar nudes falsos de políticos | PF investiga rede que difundia nudes falsos de autoridades
PF investiga rede que difundia nudes falsos de autoridades

As apurações fazem parte da Operação Rosa Branca. Agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão e um mandado de busca pessoal em Lajeado, no Rio Grande do Sul. As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Caxias do Sul.

Origem da investigação

A investigação começou após um procedimento instaurado pela Polícia Legislativa do Senado Federal, que identificou supostas postagens indevidas em perfis de redes sociais. O material foi repassado à Polícia Federal para aprofundamento das apurações.

Com o avanço das diligências, a PF constatou que os investigados se valiam de sistemas de inteligência artificial para gerar imagens manipuladas, retratando parlamentares sem roupa. As imagens, de acordo com a corporação, eram divulgadas como se fossem reais, caracterizando exposição indevida da intimidade.

Apologia ao nazismo e conteúdo racista

Além dos nudes falsos, os perfis analisados apresentavam simbologia associada à ideia de “superioridade racial”, referências diretas ao nazismo e postagens de cunho racista. Segundo a PF, a combinação desses elementos reforça a gravidade dos fatos investigados e aponta para um padrão reiterado de comportamento criminoso.

Os investigados poderão responder por crimes de preconceito de raça ou cor e por divulgação de conteúdo que expõe indevidamente a intimidade sexual de terceiros. As penas previstas variam conforme cada delito, e a PF continuará colhendo provas para detalhar a participação de cada envolvido.

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