Polícia Federal investiga criação de nudes falsos de parlamentares com inteligência artificial; ação apura também apologia ao nazismo, racismo e divulgação de conteúdos criminosos.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar a produção e a divulgação de nudes falsos de parlamentares federais. Segundo a corporação, os envolvidos utilizavam ferramentas de inteligência artificial para manipular imagens e criar conteúdo sexualmente explícito com o objetivo de expor e constranger figuras públicas. O caso também envolve possíveis delitos de apologia ao nazismo e práticas racistas.

As apurações fazem parte da Operação Rosa Branca. Agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão e um mandado de busca pessoal em Lajeado, no Rio Grande do Sul. As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Caxias do Sul.
Origem da investigação
A investigação começou após um procedimento instaurado pela Polícia Legislativa do Senado Federal, que identificou supostas postagens indevidas em perfis de redes sociais. O material foi repassado à Polícia Federal para aprofundamento das apurações.
Com o avanço das diligências, a PF constatou que os investigados se valiam de sistemas de inteligência artificial para gerar imagens manipuladas, retratando parlamentares sem roupa. As imagens, de acordo com a corporação, eram divulgadas como se fossem reais, caracterizando exposição indevida da intimidade.
Apologia ao nazismo e conteúdo racista
Além dos nudes falsos, os perfis analisados apresentavam simbologia associada à ideia de “superioridade racial”, referências diretas ao nazismo e postagens de cunho racista. Segundo a PF, a combinação desses elementos reforça a gravidade dos fatos investigados e aponta para um padrão reiterado de comportamento criminoso.
Os investigados poderão responder por crimes de preconceito de raça ou cor e por divulgação de conteúdo que expõe indevidamente a intimidade sexual de terceiros. As penas previstas variam conforme cada delito, e a PF continuará colhendo provas para detalhar a participação de cada envolvido.