Descartando um governo de unidade nacional, ele pediu aos líderes dos partidos rivais que analisem possíveis opções de coalizão com sua aliança de centro ou considerem dar apoio às reformas projeto por projeto.
Por Redação, com Reuters - de Paris
Partidos franceses de esquerda e direita rejeitaram nesta quinta-feira o apelo do presidente da França, Emmanuel Macron, por ajuda para superar um Parlamento dividido, exigindo que ele esclareça quais compromissos está pronto a assumir para ganhar apoio deles.
Antes de partir para uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, Macron fez na quarta-feira um discurso na televisão no qual reconheceu que as eleições parlamentares deste mês revelaram "divisões profundas" na sociedade francesa.
Descartando um governo de unidade nacional, ele pediu aos líderes dos partidos rivais que analisem possíveis opções de coalizão com sua aliança de centro ou considerem dar apoio às reformas projeto por projeto.
O movimento
Mas o movimento foi amplamente descartado como uma tentativa de atrair outros para suas políticas ao mesmo tempo em que faz poucas concessões.
– Se ele mantiver seu projeto, ele não terá a maioria absoluta – disse a deputada socialista Valérie Rabault à rádio France Inter. "Será ele bloqueando a França, não nós."
Bruno Retailleau, senador do partido Les Republicains, de direita, considerado a melhor esperança de Macron de conseguir suas reformas econômicas no Parlamento, descartou qualquer forma de coalizão dizendo que não havia confiança em Macron.
"Para nós, será caso a caso", afirmou ele.
Louis Aliot, vice-presidente do Rassemblement National (RN), de Marine Le Pen, que agora é o segundo maior partido no Parlamento, também rejeitou o apelo. O líder de extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, chamou o discurso de Macron de "ratatouille", um prato do sul combinando vegetais com muito azeite.