Ao longo de sua vida, ela escolheu a França para morar e, inclusive, faleceu em Nemours, perto de Paris, ao lado dos filhos.
Por Redação, com ANSA – de Paris
O presidente da França, Emmanuel Macron, homenageou nesta quarta-feira a atriz ítalo-tunisiana Claudia Cardinale, considerada um dos maiores ícones do cinema e que morreu na terça, aos 87 anos.

Em uma publicação em suas redes sociais, o líder francês enfatizou que a artista, uma das mais bonitas da história da sétima arte, “personificava uma liberdade, uma visão, um talento que acrescentou muito às obras dos maiores, de Roma a Hollywood e Paris, que ela escolheu como sua terra natal”.
– Nós, franceses, levaremos sempre esta estrela italiana e mundial em nossos corações, na eternidade do cinema – concluiu o mandatário.
Famosa por seus papéis em O Leopardo (1963), Oito e Meio (1963) e Era Uma Vez no Oeste (1968), Cardinale atuou ao lado dos atores e diretores mais prestigiados de sua época, entre eles Alain Delon, Rock Hudson, Federico Fellini, Sergio Leone e Jean-Paul Belmondo.
Ao longo de sua vida, ela escolheu a França para morar e, inclusive, faleceu em Nemours, perto de Paris, ao lado dos filhos.
Embaixada da Itália na França
Em comunicado, a Embaixada da Itália na França disse que todos estão “profundamente consternados com o falecimento de Claudia Cardinale, um ícone universal do cinema italiano e europeu”.
“Atriz de extraordinária elegância e talento, ela personificou com maestria o encontro entre a Itália e a França, por meio de filmes lendários e amados em ambos os países. Lembramos dela com emoção na Embaixada da Itália e no Instituto Italiano de Cultura em Paris”, conclui o texto.
Paralelamente, a Bienal de Veneza classificou Cardinale como “uma atriz italiana única e inesquecível, uma mulher de determinação inabalável, uma estrela extraordinária que iluminou o cinema italiano e internacional”.
“Premiada com o Leão de Ouro pelo Conjunto da Obra em 1993 no Festival Internacional de Cinema de Veneza, ela foi uma figura inextricavelmente ligada à história do Festival Internacional de Cinema de Veneza”, destaca a nota da principal mostra cinematográfica da Itália.
Já a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) saudou a memória de Cardinale, “cujo olhar mundialmente reconhecido também olhou, com clareza e generosidade, para o mundo”.
– Ela escolheu a Unesco para apoiar a educação de meninas e mulheres – lembrou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, em um comunicado.
Considerada uma das principais estrelas da era de ouro do cinema, Cardinale também era embaixadora da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos das mulheres.