Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

Parte da base do governo trai Lula e cria dificuldades para o Planalto

Arquivado em:
Quarta, 31 de Maio de 2023 às 15:27, por: CdB

Quando os cálculos remetem ao núcleo político do Planalto, como PSB (12 votos não e 3 sim) e PDT (14 votos não e 1 sim), o resultado é que mais de um terço dos apoios que consolidaram o avanço do texto vieram da base: 99 votos no universo de 283, o equivalente a 35%.


12h33 - de Brasília

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora tenha posicionado o MDB o PSD e o União Brasil em nove ministérios, foi solenemente traído na Câmara durante a votação da noite passada, que aprovou o marco temporal das terras indígenas. As legendas contribuíram significativamente para a aprovação da matéria, apesar dos protestos populares, com 83% de seus votos em direção contrária aos interesses do Palácio do Planalto.

arthur-lira.jpg
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) articula o apoio do governo a segmentos do 'Centrão'


O projeto recebeu o apoio de 95 deputados dessas legendas, enquanto apenas 18 se posicionaram de acordo com o governo e um se absteve. O MDB é responsável pela indicação de ministros nos setores de Planejamento (Simone Tebet), Transportes (Renan Filho) e Cidades (Jader Filho). O União Brasil indicou os titulares da Integração (Waldez Góes), Turismo (Daniela Carneiro) e Comunicações (Juscelino Filho). O PSD é responsável pela chefia das pastas da Agricultura (Carlos Fávaro), Pesca (André de Paula) e Minas e Energia (Alexandre Silveira).

Genocídio


Quando os cálculos remetem ao núcleo político do Planalto, como PSB (12 votos não e 3 sim) e PDT (14 votos não e 1 sim), o resultado é que mais de um terço dos apoios que consolidaram o avanço do texto vieram da base: 99 votos no universo de 283, o equivalente a 35%.

Na outra ponta, o PT demonstrou apoio total ao governo, com seus 65 deputados votando contra a proposta. PSOL (12 votos contrários), PCdoB (6 votos contrários) e Rede (1 voto contrário) também se uniram na tentativa de barrar a matéria, considerada pela ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, um ‘genocídio legislado’.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo