Uma alteração visava excluir um segundo referendo, enquanto outra era para confirmá-lo. Uma emenda do Partido Trabalhista pede uma prorrogação ao Brexit para permitir que o Parlamento encontre um caminho alternativo.
Por Redação, com Reuters - de Londres
O Parlamento do Reino Unido votou, nesta quinta-feira, favoravelmente ao adiamento do Brexit para além de 29 de março, embora a primeira-ministra, Theresa May, tenha pressionado os parlamentares a votarem, novamente, o acordo de separação fechado por ela com a UE, o qual já rejeitaram duas vezes. A moção, aprovada por 413 votos a 202, pela qual May foi forçada a concordar se seu próprio plano Brexit fosse novamente derrotado, como foi na terça-feira, decreta que o governo buscará um acordo com a UE para uma prorrogação do artigo 50 além dessa data. A matéria diz que se um plano Brexit for acordado até 20 de março, isso será uma extensão técnica breve até 30 de junho - se não, diz, provavelmente envolveria um período mais longo, e o Reino Unido participaria das próximas eleições européias. O ponto-chave do plano de May foi uma tentativa de persuadir os parlamentares mais favoráveis ao Brexit a reverterem o voto da oposição alegando que um possível adiamento pode significar que o Reino Unido termine com uma relação com a UE mais próxima do que o plano de May prevê. Caso contrário, o Brexit pode ser derrubado em um segundo referendo. Arlene Foster, líder do Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte (DUP), que apoia o governo minoritário de May no Parlamento, mas que até agora votou contra o acordo de May, trabalhou com o governo para tentar encontrar um modo de sair da UE com um acordo. Na quarta-feira, o Parlamento rejeitou a perspectiva de deixar a União Europeia sem um acordo, abrindo caminho para uma votação nesta quinta-feira que poderia adiar o Brexit até, pelo menos, o final de junho. A libra esterlina subiu, com os investidores vendo menos chances de o Reino Unido deixar a UE sem um acordo de transição para facilitar sua saída.