Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Parcela do STF avalia se Bolsonaro deve cumprir pena em sua mansão

Diante do aparente cenário de fragilidade no quadro de saúde do réu, a tese de prisão domiciliar tem sido considerada por ministros como uma alternativa para evitar uma eventual crise política, em caso de piora repentina do apenado.

Quinta, 18 de Setembro de 2025 às 20:19, por: CdB

Diante do aparente cenário de fragilidade no quadro de saúde do réu, a tese de prisão domiciliar tem sido considerada por ministros como uma alternativa para evitar uma eventual crise política, em caso de piora repentina do apenado.

Por Redação – de Brasília

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm manifestado, nos bastidores, uma certa preocupação com a saúde do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por crimes como golpe de Estado e liderança de uma organização criminosa. Segundo apurou a jornalista Mônica Bergamo nesta quinta-feira, em sua coluna no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, o risco de agravamento clínico passou a ser um fator a ser levado em conta.

Parcela do STF avalia se Bolsonaro deve cumprir pena em sua mansão | Bolsonaro encontra-se preso, por determinação do STF
Bolsonaro encontra-se preso, por determinação do STF

Diante do aparente cenário de fragilidade no quadro de saúde do réu, a tese de prisão domiciliar tem sido considerada por ministros como uma alternativa para evitar uma eventual crise política, em caso de piora repentina do apenado.

Desde 2018, Bolsonaro passou por cirurgias no abdômen; além de apresentar problemas como erisipela e cálculo renal. Exames médicos confirmaram ainda que o ex-mandatário tem câncer de pele, o que eleva a pressão sobre os magistrados.

 

Reação

A definição inicial sobre o caso está na mesa do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo na Corte. Seu pronunciamento, no entanto, ocorrerá somente após a análise de todos os recursos da defesa.

Um suposto acordo entre o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e ministros do STF para que a proposta de uma anistia seja derrubada em troca do regime domiciliar, no entanto foi negada por Moraes.

O ministro afirma que “as informações são totalmente inverídicas sobre um fantasioso acordo. O STF não faz acordos. O STF aplica a lei e as sanções devidamente impostas pela Primeira Turma da Corte, após o devido processo legal”.

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