O padre Adauto, como é conhecido, rebelou-se contra a forma como Bolsonaro tem agido diante da pandemia do novo coronavírus. O religioso criticou duramente o presidente e o classificou como “genocida, irresponsável e imoral”.
Por Redação, com agências de notícias - de Guarabira (PB)
A paciência tem limites até para quem deveria ser um exemplo de placidez e benevolência. Foi o caso do padre Adauto Tavares, reconhecidamente um pároco exemplar e pacato, que em pronunciamento indignado sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desabafou sua indignação, no altar da Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarabira, a nona maior cidade do Estado da Paraíba.
O padre Adauto, como é conhecido, rebelou-se contra a forma como Bolsonaro tem agido diante da pandemia do novo coronavírus. O religioso criticou duramente o presidente e o classificou como “genocida, irresponsável e imoral”.
— Nós estamos em uma pandemia. Não estamos numa brincadeira. Já basta aquele desorientado do presidente da República que não tem moral. É um imoral, a palavra é essa. O presidente da República do Brasil é um imoral. Um homem que não tem moral nenhuma. É um irresponsável. Eu estou com vontade de dizer outra coisa, mas eu não vou dizer, não, porque é pecado dizer na missa. Ele não tem responsabilidade com a vida de ninguém — disse o religioso.
Muita tristeza
Em sua fala, o padre não usou meias palavras.
— Podemos dizer um genocida, alguém que tem prazer em matar, tirar a vida das pessoas. Até os aliados dele, o primeiro-ministro de Israel (Benjamin Netanyahu) com um megafone no meio da rua pedindo ao povo para ficar em casa e esse irresponsável sai à rua sem máscara, aglomerando, faltando com respeito às leis do Brasil. É um homem que não tem moral nenhuma! E sem moral é quem vota nele também! Isso me revolta — protestou.
Ainda segundo o pároco, o Brasil está assim porque “não tem planejamento”.
— Os Estados Unidos são um país maior do que o nosso, mas já vacinou 14% da população e o Brasil não chegou nem a 3%. É triste e não sabemos onde vamos chegar, o que esse povo quer. Isso me dá uma tristeza muito grande. Ele é imoral e desonesto e é o resultado das escolhas que fazemos. Me desculpem, mas eu tinha que dizer isso — resumiu Adauto Tavares.