Durante o fim de semana, informou Haddad, Lula pediu que técnicos da equipe econômica lhe apresentassem os detalhes das medidas de corte de gastos obrigatórios. Segundo o ministro, os pontos que cabem ao Ministério da Fazenda estão com as definições bastante adiantadas.
Por Redação – de Brasília
O pacote de medidas que contém os cortes de gastos do governo, ao longo dos próximos meses, desembarca no Congresso ainda nesta semana, não sem antes ser apresentado a outros ministérios, o que ocorreu nesta tarde. “Nesta terça-feira, outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações”, informou o Ministério da Fazenda, em nota distribuída à imprensa.
Realizada na véspera, a segunda reunião do dia entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durou cerca de três horas. Também compareceram ao encontro as ministras do Planejamento, Simone Tebet, e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Na manhã anterior, Haddad e outros ministros reuniram-se com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um balanço das ações do G20, grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana, presidido pelo Brasil neste ano. Além de Haddad e Lula, o encontro reuniu os ministros Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).
Definições
Durante o fim de semana, informou Haddad, Lula pediu que técnicos da equipe econômica lhe apresentassem os detalhes das medidas de corte de gastos obrigatórios. Segundo o ministro, os pontos que cabem ao Ministério da Fazenda estão com as definições bastante adiantadas.
A pedido do presidente, Haddad cancelou a viagem à Europa prevista para esta semana. Oficialmente, a pasta informou que o ministro permanecerá em Brasília, “dedicado a temas domésticos”.
Ainda no fim da tarde passada, em um cenário de alívio para o mercado financeiro, o dólar registrou uma forte queda e a bolsa de valores brasileira subiu consideravelmente, sinalizando uma melhora nos principais indicadores econômicos do país. O movimento foi impulsionado tanto por fatores internos quanto externos, conforme registrou a agência inglesa de notícias Reuters.
Pregão
A expectativa do pacote de medidas de ajuste fiscal gerou otimismo junto aos investidores, que também acompanhou de perto os desdobramentos da corrida presidencial nos Estados Unidos.
O dólar comercial fechou o dia sendo negociado a R$ 5,783, com uma queda expressiva de R$ 0,087, o que representa uma desvalorização de 1,48%. Durante todo o pregão, a moeda norte-americana operou em baixa e chegou ao valor mínimo de R$ 5,75, por volta das 13h15.
Na última sexta-feira, o dólar havia encerrado em R$ 5,87, alcançando seu maior valor em quatro anos e o segundo maior patamar nominal desde o Plano Real. Apesar da queda desta segunda-feira, a moeda ainda acumula uma alta de 1,31% na semana e de 19,16% no acumulado de 2024.