Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Oposição já aceita que Lula antecipe indicação para o BC

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Quarta, 07 de Agosto de 2024 às 21:08, por: CdB

Lula, por sua vez, deverá decidir nos próximos dias se indica logo o sucessor de Campos Neto. Por lei, o presidente da República pode apresentar um nome até fevereiro de 2025 — o mandato de Campos Neto poderia ser extendido até a quarta-feira pré-carnaval, em 26 de fevereiro.

Por Redação – de Brasília

Senadores de oposição comentaram, ainda que em condição de anonimato à coluna Painel do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, que a indicação do substituto de Roberto Campos Neto na Presidência do Banco Central (BC) pelo governo Lula (PT) teria uma passagem suave, em Plenário.

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O ex-banqueiro Galípolo participou da privatização de empresas públicas, entre elas a Cedae

A maioria dos senadores adversários do governo petista, segundo apuração, já teria se mostrado tranquila quanto ao nome do economista Gabriel Galípolo, que integra a direção do Banco, e será aprovado sem dificuldades. Campos Neto permanecerá à frente do BC até dezembro. O nome indicado por Lula assume no dia seguinte, em 1º de janeiro de 2025.

 

Aliado

Lula, por sua vez, deverá decidir nos próximos dias se indica logo o sucessor de Campos Neto. Por lei, o presidente da República pode apresentar um nome até fevereiro de 2025 — o mandato de Campos Neto poderia ser extendido até a quarta-feira pré-carnaval, em 26 de fevereiro.

Mas o governo tem motivos de sobra para antecipar a nomeação. O principal deles é o fato de Campos Neto ser um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tomar decisões no limite da responsabilidade que lhe cabe, na condução da autoridade monetária. Lula já deixou claro que “aquele rapaz”, como se refere ao economista de ultradireita, é responsável pelos desequilíbrios na economia em face da alta taxa de juros.

 

‘Dizer não’

Campos Neto, por sua vez, defende-se dizendo que o desafio mais importante para a pessoa que comanda a autarquia é “ter a firmeza de dizer não quando for necessário”.

Ao comentar a autonomia do BC e o seu processo de sucessão, Campos Neto afirmou que, em algum momento, a pessoa no comando da autoridade monetária terá que “dizer não” diante das mudanças de ciclo econômico e preferências em relação às políticas públicas.

— Estamos em um período em que vamos ter mudanças que vêm junto com esse processo de autonomia do Banco Central. Diria que a coisa mais importante para quem senta na cadeira hoje é ter a firmeza de dizer não quando for necessário. Vai ser necessário, e sempre é em algum momento, dizer não — resumiu Campos Neto, em recente pronunciamento.

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