Ação conta com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Corpo de Bombeiros.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) realizam, na manhã desta terça-feira, uma operação no Morro do Jordão, na Zona Sudoeste do Rio. A ação tenta confirmar informações de inteligência sobre a existência de um cemitério clandestino mantido pelo Comando Vermelho, facção criminosa que controla a região.

Equipes da DDPA, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Corpo de Bombeiros estão na comunidade desde as primeiras horas do dia. As buscas se concentram em áreas de mata, onde há suspeita de que corpos de vítimas de grupos rivais ou de moradores desaparecidos possam ter sido enterrados.
Como acontece a operação
O trabalho inclui levantamento de dados, varreduras e escavações pontuais, com o uso de cães farejadores e equipamentos de detecção. Segundo a polícia, a operação faz parte de uma investigação em andamento sobre desaparecimentos recentes ligados ao tráfico local.
Até o momento, agentes encontraram algumas ossadas e um crânio já em estado avançado de decomposição. Ainda não há informações oficiais de que o material seja de origem humana. A operação segue em andamento.
Quem controla o Morro do Jordão?
O Morro do Jordão é uma pequena comunidade situada entre a Taquara e o bairro do Tanque, em Jacarepaguá, na Zona Sudoeste, área marcada pela presença de facções criminosas e milícias.
Durante anos, o território foi controlado por milicianos que exerciam domínio social e econômico sobre os moradores, impondo toques de recolher e cobrando taxas da população local.
Em agosto de 2015, uma denúncia apontou que a milícia teria ”vendido” o ponto para o Comando Vermelho por cerca de R$ 3 milhões. A partir daí, o negócio marcou a transição do poder paramilitar para o tráfico pesado na região. Desde então, os moradores enfrentam uma rotina de tiroteios frequentes entre antigos milicianos e traficantes da facção criminosa.