Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2024

Operação investiga grupo que comercializava ouro ilegal de terras indígenas

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Quarta, 11 de Dezembro de 2024 às 11:29, por: CdB

Entre as localidades de onde o ouro foi retirado está a Terra Indígena Munduruku, no Pará. Segundo os investigadores, o metal precioso tinha como destino tanto o exterior como estados brasileiros.

Por Redação, com ABr – de Brasília

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Flygold II. Visa combater organizações criminosas que teriam transportado ilegalmente ouro extraído de terras indígenas. Estima-se que mais de R$ 4 bilhões foram movimentados pelo grupo criminoso.

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Esquema movimentou mais de R$ 4 bilhões

Entre as localidades de onde o ouro foi retirado está a Terra Indígena Munduruku, no Pará. Segundo os investigadores, o metal precioso tinha como destino tanto o exterior como estados brasileiros.

De acordo com a PF, 19 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão estão sendo cumpridos em São Paulo, Pará, Paraná, Roraima, Amapá e Goiás. Mais de R$ 615 milhões, em bens e valores, foram apreendidos pelos policiais.

Ilegalidade

“Durante um ano de investigações, constatou-se que, aproximadamente, uma tonelada de ouro foi transportada de maneira ilegal, além da movimentação de mais de R$ 4 bilhões entre os envolvidos (no crime), incluindo pessoas interpostas e empresas fantasmas”, informou a Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, os integrantes da organização criminosa recrutavam principalmente estrangeiros usados para despachar em voos  comerciais bagagens carregadas com ouro.

PF deflagra ação contra garimpo ilegal no interior do Amazonas

A Polícia Federal, em atuação conjunta com o ICMBio e a FUNAI, deflagrou a Operação Terra Viva, cuja duração ocorre no período de 9 a 12 de dezembro, e tem como objetivo combater o garimpo ilegal no Rio Solimões.

A operação iniciou-se por meio de levantamento realizado pela inteligência da PF e vem resultando na desintrusão de garimpeiros que promovem a extração não autorizada de ouro. Além disso, até o momento, já foram destruídas dez dragas e equipamentos utilizados na prática do delito.

A ação possui como foco a preservação dos rios nas proximidades da cidade de Tabatinga, Santo Antônio do Iça e seus afluentes, sendo estes ricos em biodiversidade e de extrema importância para os residentes da região, fornecendo o sustento e insumos para as tribos indígenas locais e comunidades ribeirinhas.

Nesse sentido, a ação conjunta visa combater a atividade garimpeira ilegal e degradação ambiental, efetuada e fomentada por organizações criminosas que atuam na região sob destaque.

As investigações continuam visando identificar os principais receptadores e eventuais financiadores da atividade ilícita, cujos envolvidos responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, dano ambiental à Unidade de Conservação, possível lavagem de dinheiro, dentre outros crimes correlatos.

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