De acordo com a PF Federal, a empresa se apropriou indevidamente de investimentos feitos por 10 mil pessoas, em um valor de mais de R$ 260 milhões, e remeteu esse valor para o exterior, sem o conhecimento das vítimas.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal (PF) fez, nesta quinta-feira, uma operação contra uma empresa de investimentos em criptomoedas e mercado Forex, suspeita de ter aplicado golpes em cerca de 10 mil investidores. A Operação Profeta cumpre um mandado de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão, nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
De acordo com a PF Federal, a empresa se apropriou indevidamente de investimentos feitos por 10 mil pessoas, em um valor de mais de R$ 260 milhões, e remeteu esse valor para o exterior, sem o conhecimento das vítimas.
As investigações mostraram que a empresa tinha uma complexa estrutura para captar investidores, receber os aportes e depois enviar o dinheiro para exterior através de corretoras de criptomoedas.
O alvo principal da investigação usava a religião para atrair as vítimas e cultivar sua confiança. Daí o nome da operação.
Esquema criminoso
De acordo com a PF, o esquema envolvia vários crimes contra o sistema financeiro nacional, como apropriação indevida de valores; negociação de títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e sem autorização da autoridade competente; fazer operar instituição financeira sem a devida autorização; e evasão de divisas. Também são investigados os crimes de exercício de atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem a devida autorização; organização criminosa transnacional; e lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual.
PF investiga fraudes contra a Caixa
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a operação Codinome visando desarticular grupo criminoso dedicado à prática de fraudes bancárias que geraram vultosos prejuízos à Caixa Econômica Federal.
Policiais federais, com apoio do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, cumprem dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de São José dos Campos/SP, na cidade de Campinas/SP, em residências de duas mulheres suspeitas de integrar o grupo investigado.
A investigação, iniciada pela Delegacia de Polícia Federal em São José dos Campos/SP, em fevereiro de 2024, desvendou um esquema criminoso consistente no uso de documentos falsos para prática de estelionato mediante abertura de contas bancárias junto à Caixa Econômica Federal e obtenção de valores na forma de empréstimos consignados, lesando não somente a referida empresa pública, mas também inúmeras pessoas que tiveram seus dados qualificativos usados indevidamente por membros desta associação criminosa.
Durante as buscas foram apreendidos documentos falsos utilizados pelo grupo nas práticas ilícitas, além de celulares das investigadas, material que será submetido à perícia técnica para posterior análise e continuidade das investigações.
Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, uso de documento falso e estelionato, cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.