Objetivo principal da operação é desarticular o núcleo armado e financeiro de uma ramificação do CV, organização criminosa com origem no Rio de Janeiro que vem ampliando sua presença no Nordeste.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Mais de 90 mandados judiciais estão sendo cumpridos nesta terça-feira durante a Operação Freedom, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia (PCBA) por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até a última atualização da reportagem, 33 pessoas tinham sido presas em diferentes regiões do Estado, e duas no Ceará.
Segundo a PCBA, o objetivo principal da operação é desarticular o núcleo armado e financeiro de uma ramificação do Comando Vermelho (CV), organização criminosa com origem no Rio de Janeiro que vem ampliando sua presença no Nordeste, especialmente em territórios estratégicos da Bahia.
Ações em Salvador, interior e outros Estados
As equipes da Polícia Civil realizam diligências em quatro bairros de Salvador, na Região Metropolitana, em cidades do interior baiano e também no Ceará. A operação é resultado de meses de investigação conduzida pelo DHPP e por unidades especializadas, que mapearam a atuação do grupo em homicídios e no controle do tráfico de drogas.
De acordo com os investigadores, os alvos da operação são responsáveis por uma série de assassinatos e disputas territoriais, além de movimentar recursos ilícitos para sustentar as atividades da facção. O DHPP estima que os resultados obtidos com a Operação Freedom ajudarão a esclarecer ao menos 30 homicídios ocorridos na capital baiana nos últimos meses.
Bloqueio de contas e repressão financeira
Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça determinou o bloqueio de 51 contas bancárias ligadas aos investigados. Segundo a Polícia Civil, o objetivo é cortar o fluxo financeiro que alimenta o tráfico e financia as operações armadas do grupo.
As contas sob bloqueio estão vinculadas a pessoas e empresas de fachada utilizadas para lavar dinheiro e movimentar recursos do crime organizado. “O foco é desarticular não apenas os executores dos crimes, mas também a estrutura financeira que sustenta a facção”, informou a corporação em nota.
Megaoperação com 400 agentes
Mais de 400 policiais civis e militares participam da operação, que conta com apoio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Estão envolvidos diversos departamentos especializados, como o Draco, Denarc, Deic, Depom, Depin, DPMCV, Polinter e Core, além do Denarc da Polícia Civil do Ceará e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-BA).
Na parte tática, a Polícia Militar da Bahia mobilizou unidades de elite, entre elas o Bope, BPatamo, BPChoque, Batalhão Gêmeos, Apolo, TOR, Esquadrão Águia, Cipe/Polo e as Rondesp Central, Atlântico e BTS.
