A estimativa inicial, ainda sujeita a atualizações, do prejuízo consolidado ao erário, com desfalque direto aos Sistema de Seguridade Social, supera a cifra de R$ 1 milhão.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal, com apoio do Núcleo de Inteligência – NUINT do Ministério do Trabalho e Emprego, deflagrou a Operação Avohai de combate à falsificação e uso de documentos falsos para recebimento de valores indevidos de benefícios da Assistência Social.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco. O cumprimento dos mandados ocorre de forma simultânea em endereços residenciais localizados nos Estados do Rio Grande de Norte, Ceará, Minas Gerais, Acre e São Paulo.
As investigações tiveram início quando da apresentação à Polícia Federal, pela Receita Federal do Brasil, de duas pessoas que utilizaram documentos falsos na tentativa de regularizar a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas-CPF, durante atendimento na sede Receita Federal em Recife/PE.
O esquema criminoso descortinado pela investigação revelou uma engrenagem com atuação interestadual, concebida para lograr a expedição de documentos oficiais em nome de fictícias pessoas e, assim conseguir a apropriação de recursos públicos por meio da implementação de Benefícios fraudulentos de Prestação Continuada – Loas Idoso.
O nome da operação deflagrada faz alusão ao dito popular, em que uma mesma pessoa assume uma multiplicidade de identidades (avô e pai).
Operação Espelho de Papel
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Espelho de Papel, com o objetivo de combater crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos, associação criminosa e lavagem de capitais, decorrentes de fraudes em contratos de empréstimos consignados firmados por meio de convênio entre o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cacoal/RO e a Caixa Econômica Federal, destinados exclusivamente a servidores públicos da autarquia.
As investigações tiveram início após comunicação da instituição financeira, relatando irregularidades em nove contratos firmados entre setembro e novembro de 2022, com indícios de fraude documental e simulação de vínculos funcionais. Os investigados teriam utilizado documentos falsos para se fazerem passar por servidores do SAAE e, com isso, obter liberação de margens consignáveis e contratação dos empréstimos. As operações ocorreram em agências bancárias do Distrito Federal, embora os contratantes residissem em municípios de Rondônia.
O esquema envolvia a inserção indevida de dados em sistemas de consignação, movimentações financeiras atípicas e repasses de valores a terceiros, estimando-se que o prejuízo causado supere R$ 1,2 milhão de reais.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho/RO, Cacoal/RO, Vilhena/RO e Sorocaba/SP, e sequestro de bens no valor total de R$ 1.291.644,71, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia.
Arma de fogo
Nesta quarta-feira, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Ilhéus – FICCO/Ilhéus deflagrou a operação Vulcanus, ação voltada ao combate do comércio ilegal, fabricação e manutenção clandestina de armas de fogo que abasteciam facções criminosas atuantes no sul da Bahia.
A operação teve como alvos um armeiro e um distribuidor das armas que, segundo as investigações, realizavam fabricação artesanal, adaptação, manutenção e reparo de armas de fogo utilizadas por organizações criminosas.
Os investigados mantinham estruturas irregulares destinadas ao conserto e à circulação de armamentos entre os municípios de Ubatã/BA e Itabuna/BA, atividade identificada em trabalhos de inteligência e vigilância de campo.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, resultando em duas prisões em flagrante. Os mandados foram deferidos pela Vara Criminal da Comarca de Ubatã/BA.
Durante as diligências, foram apreendidas diversas armas de fogo, peças, acessórios, munições, ferramentas e maquinários utilizados na fabricação e manutenção de armamentos, além de celulares, mídias e documentos que auxiliarão no aprofundamento das investigações.
A ação foi coordenada pela FICCO/Ilhéus, com o apoio do CETO do 15º Batalhão de Polícia Militar, SOINT do 15º BPM e da 6ª COORPIN da Polícia Civil da Bahia.
A FICCO/Ilhéus é composta pela Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal da Bahia e Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia.