O chefe-executivo do Serviço Parlamentar, Rafael Gonzalez-Montero, explicou em comunicado que análises internas e conversas com organismos internacionais levaram à decisão.
Por Redação, com Poder360 - Wellington
A Nova Zelândia anunciou nesta sexta-feira que o uso do TikTok em dispositivos com acesso à rede parlamentar está proibido. A medida deve ser colocada em prática até o final de março. O país indicou preocupações em relação à segurança dos dados.
O chefe-executivo do Serviço Parlamentar, Rafael Gonzalez-Montero, explicou em comunicado que análises internas e conversas com organismos internacionais levaram à decisão.
“A decisão foi tomada com base na análise de nossos próprios especialistas e após discussão com nossos colegas do governo e internacionalmente. Com base nessas informações, o Serviço determinou que os riscos não são aceitáveis no atual ambiente parlamentar da Nova Zelândia”, justificou em nota.
Com a medida, a Nova Zelândia segue os passos dos EUA, UE (União Europeia), Reino Unido e Canadá, que baniram o app nos dispositivos oficiais de agências federais.
Nesta semana, a segurança da rede social foi mais uma vez questionada pelo governo norte-americano. A preocupação é que os dados dos usuários do app possam ser compartilhados com o governo chinês.
ByteDance
Como solução, os EUA pediram que o TikTok se desvincule da ByteDance, empresa chinesa de tecnologia que é dona da rede social.
O TikTok avaliou que a medida “não resolve o problema”. Em nota à emissora CNN, Maureen Shanahan, porta-voz da plataforma, disse que “uma mudança de propriedade não imporia novas restrições aos fluxos de dados ou acesso”.
– A melhor maneira de lidar com as preocupações com a segurança nacional é com a proteção transparente e baseada nos EUA dos dados e sistemas dos usuários do país, com monitoramento, verificação e auditoria robusta de terceiros, que já estamos implementando – propôs.
A empresa chinesa tem concordado em implementar melhorias relacionadas à privacidade de dados e tempo de uso da plataforma. A ByteDance afirmou ter gasto mais de US$ 1,5 bilhão em projetos nesse sentido.
O governo da China rejeitou as acusações de espionagem e disse haver “exagero” e “abuso de poder” por trás das proibições de uso. “Quão insegura de si mesma pode ser a maior superpotência do mundo para temer o aplicativo favorito dos jovens?”, questionou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, no final de fevereiro.