Rio de Janeiro, 20 de Julho de 2025

Noruega lança operação mundial pela captura de carbono das indústrias

A Noruega inicia a maior operação mundial de Captura e Armazenamento de Carbono, com investimento de bilhões para reduzir emissões da indústria. Descubra mais!

Terça, 17 de Junho de 2025 às 20:25, por: CdB

O primeiro carregamento de dióxido de carbono saiu da fábrica da Heidelberg Materials, em Brevik, no sul da Noruega, por navio neste mês e será injetado em reservatórios sob o Mar do Norte.

Por Redação, com Reuters – de Oslo

A Noruega lançou, nesta terça-feira, a maior operação mundial em escala completa de Captura e Armazenamento de Carbono Industrial (CCS, na sigla em inglês), investindo bilhões de dólares em subsídios neste empreendimento para capturar emissões de produtos altamente poluentes como o cimento.

Noruega lança operação mundial pela captura de carbono das indústrias | O gás capturado da atmosfera será injetado em poços de petróleo, no Mar do Norte
O gás capturado da atmosfera será injetado em poços de petróleo, no Mar do Norte

O primeiro carregamento de dióxido de carbono saiu da fábrica da Heidelberg Materials, em Brevik, no sul da Noruega, por navio neste mês e será injetado em reservatórios sob o Mar do Norte em agosto pelo consórcio Northern Lights, que inclui as petrolíferas Equinor, Shell e TotalEnergies.

O custo do ‘Projeto Longship’ para os primeiros 10 anos está estimado em 34 bilhões de coroas norueguesas (R$ 18,9 bilhões), dos quais a Noruega, rica em petróleo e gás, está subsidiando 22 bilhões de coroas (R$ 12,23 bilhões). O projeto está programado para armazenar 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono sob o mar, uma pequena fração das mais de 2,5 bilhões de toneladas de emissões produzidas anualmente pela indústria de cimento.

— A transição verde não é fácil, mas é possível — disse Terje Aasland, ministro de energia da Noruega.

Emissões

Defensores de CCS argumentam que esta é a solução mais promissora para os setores que tem dificuldade para reduzir suas emissões, como cimento, aço e energia a carvão. Mas os críticos afirmam que é um processo caro, difícil de ser implantado e dependente de muito subsídio.

De acordo com eles, o método é difícil de ser adotado por governos com restrições financeiras, exceto para países como a Noruega, o maior produtor de petróleo da Europa Ocidental e sede do maior fundo soberano do mundo.

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