Algumas emendas protocoladas na Câmara já propõem a inclusão do gás natural como fonte apta de energia dos data centes habilitados pelo Redata.
Por Redação – de São Paulo
Associações e frentes parlamentares do setor de gás natural se articulam para incluir no Redata — Medida Provisória (MP) que institui regime especial de tributação para serviços de data centers — contratos de suprimento de energia com geradores de gás. O texto prevê que serão habilitadas as empresas que atenderem à totalidade da sua demanda de energia elétrica por meio de contratos de suprimento ou autoprodução proveniente de geração a partir de fontes limpas ou renováveis.

Mas, segundo um manifesto coordenado pelo Movimento Brasil Competitivo e assinado por 19 instituições e frentes parlamentares, entre elas a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) Energia, os data centers são a espinha dorsal da economia digital e exigem disponibilidade energética entre 99,982% e 99,995% ao ano — menos de cinco minutos de falha permitidos em 12 meses, segundo o texto.
Variáveis
O fato justificaria a inclusão do gás natural como fonte apta ao suprimento do Redata. “Essa necessidade física de continuidade torna imprescindível o acesso a fontes firmes de energia, capazes de operar 24 horas por dia sem depender de variáveis climáticas”, diz o texto, que acrescenta que a defesa do gás natural não exclui as fontes renováveis do processo.
Algumas emendas protocoladas na Câmara já propõem a inclusão do gás natural como fonte apta de energia dos data centes habilitados pelo Redata. Mas empresas querem amplificar essa demanda por meio da junção de vozes de dentro e fora do segmento.
Embora seja um combustível fóssil, o gás é uma alternativa a produtos mais poluentes, como o carvão.