A ex-primeira-dama está acompanhada de seu filho de 15 anos e, até chegar a um aeródromo em El Callao, estava refugiada na Embaixada do Brasil em Lima.
Por Redação, com Europa Press – de Brasília
A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, partiu na madrugada desta quarta-feira (horário local) para o Brasil, país que lhe oferece asilo político depois que ela e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um caso de financiamento ilegal de seu partido.

Isso foi reconhecido pelo advogado de Heredia, Julio Espinoza, em declarações à estação de rádio peruana RPP, onde ele disse que a ex-primeira-dama e ex-líder do Partido Nacionalista Peruano (PNP) deixou o país por volta das 4h da manhã (sete horas a mais na Espanha continental) em um avião oficial do governo brasileiro.
De acordo com Espinoza, Heredia estava acompanhada por funcionários do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que haviam viajado para o Peru algumas horas antes. A ex-primeira-dama está acompanhada de seu filho de 15 anos e, até chegar a um aeródromo em El Callao, estava refugiada na Embaixada do Brasil em Lima.
Na noite de terça-feira, o governo brasileiro concedeu asilo político à ex-primeira-dama peruana e a seu filho Samín de acordo com a Convenção de Asilo Diplomático de 1954, “da qual ambos os Estados são partes”. De fato, Heredia tem sido escoltada por veículos oficiais peruanos e agentes da Polícia Nacional.
Prisão de Barbadillo
Por sua vez, o ex-presidente Humala, que também foi condenado a 15 anos de prisão, foi transferido na manhã desta quarta-feira para a prisão de Barbadillo, onde o ex-presidente Alejandro Toledo também está cumprindo pena e o ex-presidente Pedro Castillo está preso preventivamente aguardando julgamento.
O sistema judiciário peruano condenou Humala e Heredia no dia anterior a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em detrimento do Estado em um caso de financiamento ilegal do PNP. Outras quatro pessoas, incluindo a mãe e o irmão da ex-primeira-dama, também foram condenadas a penas que variam de quatro a 12 anos.