Rio de Janeiro, 11 de Junho de 2025

MPF tenta barrar mineração em cartão postal de MG sem aval do Ibama

O MPF busca impedir a mineração na Serra do Curral, cartão postal de BH, sem autorização do Ibama, visando proteger a Mata Atlântica.

Terça, 01 de Abril de 2025 às 13:30, por: CdB

A movimentação do Ministério Público é resposta a posicionamento do Ibama, que afirma que há necessidade de anuência para qualquer atividade minerária.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

O Ministério Público Federal (MPF) acionou o judiciário para impedir a exploração de uma área na Serra do Curral, cartão postal da região de Belo Horizonte, pela empresa Taquaril Mineração SA (Tamisa), sem autorização prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

MPF tenta barrar mineração em cartão postal de MG sem aval do Ibama | A exploração da Serra do Curral é classificada como operação de risco ambiental
A exploração da Serra do Curral é classificada como operação de risco ambiental

A movimentação do Ministério Público é resposta a posicionamento do Ibama, que afirma que há necessidade de anuência para qualquer atividade minerária que envolva retirada de vegetação da Mata Atlântica, é o caso da Serra do Curral.

O MPF afirma que há necessidade de controle ambiental rigoroso para evitar danos irreversíveis, garantindo a proteção de área relevante em um dos biomas mais ameaçados do país.

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Governo de Jair Bolsonaro

O tema já teve algumas idas e vindas. Em 2021, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Ibama dispensou a necessidade de autorização. No ano seguinte, ainda com o capitão reformado no Planalto, um parecer técnico do Ibama identificou falhas em estudos ambientais feitos pela mineradora.

Em 2024, já com Lula (PT) na presidência, o Ibama reavaliou o caso após ação do Ministério Público e passou a exigir a autorização prévia para exploração minerária da área.

O site CartaCapital entrou em contato com a Tamisa para buscar o posicionamento da empresa sobre a manifestação do MPF. Caso haja manifestação, este texto será atualizado.

A exploração minerária da região é realizada também por outras empresas. Em 2023, a Justiça atendeu a pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e suspendeu operações da Fleurs Global Mineração.

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