Paulo Sérgio de Lima foi denunciado por duas tentativas de homicídio e por sequestro. Segundo o depoimento do acusado à Polícia, ele fugia da cidade após ter sido ameaçado por uma facção criminosa.
Por Redação, com CartaCapital - do Rio de Janeiro
O Ministério Público denunciou o homem que sequestrou um ônibus e manteve 16 passageiros reféns por três horas na Rodoviária do Rio de Janeiro, em 12 de março.
Paulo Sérgio de Lima foi acusado de duas tentativas de homicídio e por sequestro. A ação feriu dois passageiros, mas não deixou nenhuma vítima fatal.
Segundo o depoimento do acusado à Polícia, ele fugia da cidade após ter sido ameaçado por uma facção criminosa.
Ele chegou a embarcar no ônibus com destino a Juiz de Fora (MG), mas achou ter sido descoberto e atirou ao confundir um passageiro com um policial.
A denúncia aponta que os crimes teriam sido praticados por “motivo torpe”, uma vez que o acusado acreditava que as vítimas eram policiais à paisana, prontos para efetuar sua prisão.
“Os crimes foram cometidos mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, posto que os disparos de arma de fogo foram efetuados pelo denunciado no diminuto espaço do interior do ônibus, reduzindo a capacidade de defesa e de reação das vítimas”, destacou o documento.
Passageiros feridos
Um dos passageiros feridos foi atingido por um tiro de raspão. Ele foi atendido no local e liberado logo em seguida. A segunda vítima, Bruno Lima de Costa Soares, levou três tiros e foi levado em estado grave para o hospital. Ele foi submetido a uma cirurgia e permanece internado na UTI.
Paulo Sérgio de Lima cumpria em regime semiaberto outra condenação por rouba em um ônibus. Ele havia sido preso em 16 de abril de 2019, após roubar quatro celulares.