Quinta, 10 de Fevereiro de 2022 às 12:19, por: CdB
Negar o holocausto passaria a ser crime, assim como fazer apologia ou “propagada positiva” desses movimentos. O senador disse que Adrilles realizou um gesto “amplamente associado ao nazismo”. “Não podemos permitir que esse genocídio contra a humanidade seja promovido no Brasil”, escreveu o parlamentar, em suas rede sociais.
Por Redação - de Brasília
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) confirmou, nesta quinta-feira, que pediu formalmente ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para que o apresentador bolsonarista Adrilles Jorge seja investigado por apologia ao nazismo. Além disso, Contarato também apresentou um Projeto de Lei (PL) que amplia a criminalização de práticas nazistas e fascistas.
Negar o holocausto passaria a ser crime, assim como fazer apologia ou “propagada positiva” desses movimentos. O senador disse que Adrilles realizou um gesto “amplamente associado ao nazismo”. “Não podemos permitir que esse genocídio contra a humanidade seja promovido no Brasil”, escreveu o parlamentar, em suas rede sociais.
Na véspera, durante programa na TV Jovem Pan, o comentarista ergueu a mão direita, em alusão ao siegl heil, a saudação oficial nazista. Posteriormente, a emissora anunciou a sua demissão.
Nazifascismo
O PL apresentado por Contarato também criminaliza gestos ou referências a pessoas que participaram do nazismo e do fascismo. E estende a proibição aos meios digitais e audiovisuais, com pena prevista de dois a cinco anos de prisão, mais multa.
“Criminalizar toda forma de apologia ao nazismo consiste em medida justa e necessária para proteger a liberdade de expressão e o direito à vida de todos os brasileiros”, diz Contarato, na justificativa do projeto. Ele mencionou o “paradoxo da tolerância”, elaborado pelo filósofo austríaco Karl Popper. “A tolerância com os intolerantes pode levar à própria destruição dos tolerantes e, consequentemente, da tolerância.”
Nesse sentido, o senador ainda citou o “rumoroso caso” do podcaster Bruno Aiub, conhecido por Monark. “A pretexto de uma noção absolutamente inconsequente de ilimitada liberdade de expressão”, ele chegou a defender a legalização de um partido nazista no Brasil, resumiu o senador.